Bolsonaro blinda agenda para evitar protestos e monitoramento do PT
Comitê recebeu informação de que petistas querem verificar se compromissos do presidente interferem na legislação eleitoral
A campanha do presidente Jair Bolsonaro optou por blindar a divulgação antecipada de suas agendas. A estratégia se deve por dois motivos. Primeiro, para evitar contramanifestações de adversários. Segundo, porque chegou ao comitê a informação de que petistas têm se mobilizado para monitorar in loco suas agendas e verificar se elas interferem na legislação eleitoral.
Diante disso, o QG de Bolsonaro tem optado neste início da campanha oficial por divulgar as agendas com pouco tempo de antecedência. A informação no entorno do presidente é de que a área jurídica da campanha do ex-presidente Lula tem monitorado as agendas para verificar se há infração a legislação eleitoral.
Procurado, o advogado da campanha de Lula, Eugenio Aragão, confirmou por meio de sua assessoria haver monitoramento das agendas de Bolsonaro.
A legislação eleitoral veda algumas ações para os ocupantes de cargos no Executivo que são candidatos à reeleição, mas segundo advogados eleitorais com quem a CNN conversou a linha de identificação entre uma e outra é muito tênue e subjetiva.
Não é permitido por exemplo que ele use estrutura de estado para fazer campanha, mas ele pode se deslocar para um município e cumprir uma agenda oficial e outra de candidato. Mas segundo essas fontes, é justamente por não haver muita clareza desses limites que campanhas adversárias por vezes costumam monitorar agendas de governantes para evitar que haja abuso de poder político e econômico durante a campanha.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os candidatos a presidente em 2022
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022
Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 2 de 11
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT
Crédito: Foto: Ricardo Stuckert - 3 de 11
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 4 de 11
Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência
Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet - 5 de 11
Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência
Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 6 de 11
José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras - 7 de 11
Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação - 8 de 11
Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021 - 9 de 11
Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022
Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação - 10 de 11
Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022
Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 11 de 11
Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB)
Crédito: Reprodução Facebook