Menino de 10 anos tem parte de perna amputada após ataque de tubarão na Florida
Membro da criança foi removido em virtude dos sérios danos causados pela mordida do animal; caso aconteceu no última sábado (12) em Florida Keys
Um menino de 10 anos teve parte de sua perna amputada depois que um tubarão o mordeu enquanto ele mergulhava em Florida Keys no fim de semana.
Jameson Reeder Jr. foi mordido pelo animal no sábado (12), e as autoridades foram chamadas ao recife de Looe Key para ajudá-lo por volta das 16h30, informou a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida.
A criança, que estava de férias com seus pais e irmãos, “levou um golpe esmagador abaixo do joelho” enquanto mergulhava em um recife raso do que a família acredita ser um tubarão-touro, relatou seu tio Joshua Reeder em um post no Facebook.
Jameson se segurou em macarrão enquanto sua família o puxava de volta para o barco.
Após o resgate, a família aplicou um torniquete acima da mordida para diminuir o sangramento, escreveu o tio.
Os familiares sinalizaram para um barco próximo, mais rápido, que por acaso tinha uma enfermeira a bordo, acrescenta o post. O barco levou Jameson para a praia, onde os paramédicos estavam esperando. Em seguida, m helicóptero o levou para um hospital infantil em Miami.
“Eles tiveram que remover/amputar logo abaixo do joelho para salvar sua vida, pois não era operável pelos danos que o tubarão havia causado”, detalhou o tio.
Ataques não provocados de tubarão
A mordida ocorre em um momento em que o número de ataques não provocados de tubarão em todo o mundo parece estar se estabilizando após uma tendência de alta nos últimos 30 anos.
No ano passado, 73 ataques não provocados pelo animal foram confirmados em todo o mundo. Isso está de acordo com uma média de 72 ataques por ano levando em consideração os casos de 2016 a 2020, de acordo com um relatório de janeiro do Arquivo Internacional de Ataque de Tubarão do Museu de História Natural da Flórida.
Como é típico, a maioria dos ataques não provocados de 2021, 47, foram relatados nos Estados Unidos. A Flórida teve o maior número em comparação com qualquer estado, 28, consistente com a média de 25 casos do estado.
Muitos ataques são “casos de identidade equivocada”, ocorrendo em condições de pouca visibilidade da água, explica o museu. Muitas das mordidas ocorrem quando os humanos estão nadando dentro ou perto de grandes cardumes de presas, acrescenta Robert Hueter, cientista-chefe da Organização de Dados de Tubarões (OCEARCH), à CNN.
“As pessoas são mordidas, mas raramente são consumidas, e isso nos diz que não estamos no menu do tubarão”, afirmou Christopher Lowe, diretor do Shark Lab da California State University Long Beach.
Os pesquisadores estão investigando se certos fatores podem estar impulsionando os ataques de tubarões em uma parte diferente dos EUA – o nordeste – como o aumento da temperatura do mar, que possivelmente está empurrando os peixes que os tubarões comem mais ao norte, ao mesmo tempo que os esforços de conservação aumentam o número desses peixes-isca lá.
Mas a Flórida normalmente lidera os EUA em ataques de tubarão, e a maioria dos ataques da Flórida acontecem na costa atlântica do estado.
Hueter atribuiu isso à proximidade da Corrente do Golfo com a costa, com ondas significativas, congestionamento de surfistas e nadadores e os grandes cardumes de tubarões na área.