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    Exaustão e sobrecarga aumentam entre mães brasileiras, aponta pesquisa

    Levantamento também mostra maior insegurança profissional entre as entrevistadas

    Guilherme Gamada CNN , em São Paulo

    De acordo com esta nova edição da pesquisa “Mommys e Saúde Mental” de 2022, divulgada com exclusividade para a CNN, as mães estão mais sobrecarregadas, enfrentam maior insegurança profissional e têm menor tempo dedicado a lazer e atividades físicas.

    O levantamento mostra que 34% das mães realizam as tarefas domésticas sozinhas — um aumento de 5,8% em comparação com 2021. Entre as funções que as mães mais executam estão: acompanhar os filhos em tratamentos médicos (92,4%), realizar tarefas domésticas (84,7%) e fazer supermercado e outras compras (80,3%).

    Quando questionadas sobre a saúde mental, 62,7% afirma que têm sensação de vazio. Sentimentos de sobrecarga e cansaço continuam como os mais lembrados. Pouco mais de um terço delas (31,6%) se sentem sozinhas de três a cinco vezes na semana, e 15%, seis ou mais.

    Enquanto 90,5% afirmam que gostariam de sair com as amigas regularmente, 60% fizeram isso no máximo duas vezes no último ano.

    Em contrapartida, o número de mães que praticam atividade física regularmente caiu de 45,7% em 2021, para 35,6% este ano. Apenas 30,6% das mães dizem ter um hobby — queda de 3% em relação ao ano passado.

    Houve aumento de 7% no número de mães que afirmam ter doenças físicas ou mentais, em comparação com a pesquisa de 2021. Atualmente, essa é a condição de 26% dessas mulheres.

    No campo profissional, a renda dessas mulheres subiu. O número de mães que não possuem qualquer tipo de remuneração caiu de 13,4% em 2021 para 9,3% este ano.

    Aquelas que recebem até 1 salário mínimo saíram de 33,8% para 34,6%. Hoje, 15,3% recebem mais de 2 salários mínimos, em 2021 eram 11%. Aquelas com renda de mais de R$ 5.000,00 passaram a ser 27,8%, e, não mais, as 26,2%, do ano passado.

    Entretanto, mesmo com o crescimento da renda média, apenas 31,8% das entrevistadas trabalham com carteira assinada (CLT) — queda em relação a em 2021, quando eram 34,4%. O número de trabalhadoras informais passou de 19,2% no ano passado para 22,3% este ano.

    “Enquanto se dedicam tanto as suas famílias, muitas mães deixam o mercado de trabalho e perdem a autonomia. Se a escolha foi dela e ela tem apoio emocional e financeiro para seguir, esse não será um problema, no entanto, o que vemos, é uma realidade diferente e, quando elas decidem retomar suas atividades profissionais e sociais, não têm mais as mesmas condições e oportunidades”, afirma Mariana Bicalho, fundadora do Mommys e empreendedora social.

    Entre as respondentes, metade tem um filho ou filha, 42,1% tem dois e, cerca de 8% tem três ou mais filhos.

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