Candidatos a presidente falam sobre as relações do Brasil com a Venezuela
Brasil e Colômbia se mantêm distantes do regime de Nicolás Maduro, mas com a posse do presidente Gustavo Petro, panorama pode mudar na Colômbia
O governo brasileiro se mantém distante do regime venezuelano de Nicolás Maduro e chegou a reconhecer, em 2019, Juan Guaidó, líder de oposição, como presidente do país vizinho.
Na Colômbia, depois de anos de tensão e rompimento com a Venezuela, o presidente recém-empossado, Gustavo Petro, fala em normalizar as relações entre os países.
Ao mesmo tempo, os países da região acolhem os refugiados venezuelanos.
De acordo com dados de junho deste ano da Plataforma de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela, que integra informações da Organização das Nações Unidos e do governo brasileiro, 351.958 venezuelanos vivem no Brasil em decorrência da crise em seu país.
Desse total, 229.2018 têm autorização de residência no país e 92.596 fizeram solicitação de refúgio.
A CNN perguntou aos candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre as relações do Brasil com a Venezuela e como elas deveriam ficar a partir de 2023.
Confira abaixo as respostas:
Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
Procurado, o candidato disse que não vai comentar.
Jair Bolsonaro (PL):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Ciro Gomes (PDT):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Simone Tebet (MDB):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Pablo Marçal (Pros):
Apesar do embargo econômico, recentemente muitos países voltaram a negociar petróleo com a Venezuela, após a crise provocada no setor pela guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Nesse sentido, a imprensa tem noticiado que o Brasil vem aumentando gradativamente nos últimos anos as exportações para o país vizinho, em especial na área agrícola. O problema da relação econômica está muito mais ligado à deterioração da economia da Venezuela, o que impacta na insegurança das relações comerciais entre as partes, do que na falta de relação diplomática com o governo brasileiro.
Tenho falado muito sobre as consequências desastrosas da polarização, seja no dia a dia da família brasileira ou nas eleições e relações diplomáticas. Temos que analisar o que é melhor para o povo e o que representa de fato os interesses da nação, sem perder de vista o papel do Brasil como liderança na mediação de conflitos e crises humanitárias, o que não significa compactuar com a política interna da Venezuela.
Sou contra o totalitarismo e sempre defenderei a liberdade, mas o diálogo sempre estará aberto para que as relações internacionais possam refletir o protagonismo que o Brasil deve ter no cenário mundial.
Felipe d’Avila (Novo):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
José Maria Eymael (DC):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Leonardo Pericles (UP):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Roberto Jefferson (PTB):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Sofia Manzano (PCB):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Soraya Thronicke (União Brasil):
Como determina a Constituição Federal de 1988, um dos princípios que deve nortear as relações internacionais do Brasil é o respeito à soberania dos estados.
Em nosso governo, as relações internacionais não serão pautadas por bandeiras ideológicas. Isso significa que não usaremos recursos do Estado brasileiro tendo a afinidade político-ideológica como critério.
O Brasil não vai apoiar qualquer iniciativa que viole o direito internacional e que ataque a soberania dos países.
Vera Lúcia (PSTU):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – Os candidatos a presidente em 2022
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook