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    Rumo tem queda de 90% no lucro do 2º trimestre, com quebra de safra, diesel caro e juros

    Resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização ajustado chegou a R$ 1,2 bilhão

    Por Aluisio Alves, da Reuters

    A Rumo voltou a acusar o efeito combinado de altos preços de combustíveis, quebra de safra no Sul do país e o efeito de juros mais altos sobre o custo da dívida, que pressionaram o lucro do segundo trimestre.

    A companhia de logística dos mesmos controladores da Cosan anunciou nesta quinta-feira (11) que teve lucro líquido de R$ 30 milhões de abril a junho, queda de 90,4% ante mesma etapa de 2021.

    O volume transportado no trimestre somou 18,6 bilhões de toneladas equivalentes, volume 4,1% maior do que um ano antes, com o avanço de 20,2% da Operação Norte compensando a queda de 19,6% na Operação Sul, afetada pela quebra de safra. Também beneficiada pela expansão de 6,2% nas tarifas, a receita líquida subiu 11,2% ano a ano, a R$ 2,465 bilhões.

    O resultado operacional da Rumo medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado chegou a R$ 1,2 bilhão, 4,8% a mais em um ano, porém a margem Ebitda encolheu 3 pontos percentuais, para 48,6%.

    “Esse resultado ainda reflete negociações comerciais em um momento desfavorável, por conta da quebra de safra do milho em 2021”, afirmou a Rumo, citando também o aumento de 42% do preço do combustível.

    Além disso, o efeito da alta de juros provocou uma piora de 68,5% do resultado financeiro, para um número negativo de R$ 592 milhões.

    A dívida líquida da empresa fechou junho em R$ 9,57 bilhões, queda de 0,2% na base sequencial, com a alavancagem financeira em 2,7 vezes, estável na mesma comparação.

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