Após teste de DNA, homem é condenado por estuprar e matar adolescente em 1982 nos EUA
Karen Stitt, de 15 anos, foi vista pela última vez por seu namorado quando ele a deixou perto de um ponto de ônibus em Sunnyvale, na Califórnia
Um homem de 75 anos foi preso na semana passada, nos Estados Unidos, ao ser acusado pelo estupro e assassinato de uma adolescente na Califórnia, em 1982. A prisão se deu após um exame de DNA o associar à cena do crime, anunciaram autoridades nesta terça-feira (9).
Karen Stitt, de 15 anos, foi vista pela última vez por seu namorado quando ele a deixou perto de um ponto de ônibus em Sunnyvale, na Califórnia, na noite de 2 de setembro de 1982, de acordo com o Gabinete do Procurador Distrital do Condado de Santa Clara.
O adolescente, preocupado em ter problemas com seus pais por chegar tarde em casa, saiu após ver Karen caminhar em direção à parada de ônibus, de acordo com uma queixa criminal.
Na manhã seguinte, o corpo da menina foi encontrado perto de uma parede de blocos de concreto a cerca de 100 metros da parada. Os investigadores determinaram que ela havia sido agredida sexualmente e esfaqueada 59 vezes, segundo a denúncia.
A investigação esfriou nas últimas décadas, até que uma pista levou os investigadores a Gary Ramirez, que foi preso em sua casa em Maui, no Havaí, em 2 de agosto. Ele foi acusado de assassinato, disse a promotoria.
Ramirez deve comparecer ao tribunal na quarta-feira (10) para uma audiência de extradição para levá-lo à Califórnia para a acusação, disse o comunicado. A CNN não conseguiu identificar um advogado de Ramirez para buscar seu posicionamento no caso.
Investigação do crime
Os investigadores conseguiram conectar Ramirez à morte de Stitt comparando uma amostra de DNA de seu filho com evidências de DNA encontradas na cena do assassinato da garota, de acordo com a denúncia.
Tudo começou com a ajuda de avanços na análise de DNA, que permitiram aos investigadores em 2000 criar um perfil de DNA de um suspeito do sexo masculino desconhecido usando DNA de sangue e outras amostras encontradas no local, diz a denúncia.
A análise de DNA permitiu que eles descartassem oficialmente o namorado de Stitt como suspeito, mas o perfil não correspondia a nada nos bancos de dados de DNA disponíveis, segundo a denúncia.
Até que o detetive Matthew Hutchison recebeu uma denúncia em 2021, e começou a investigar Ramirez e seus irmãos como possíveis suspeitos e, eventualmente, localizou Gary Ramirez.
Os documentos não indicaram o que levou à denúncia sobre a família de Ramirez.
No início deste ano, usando uma amostra de DNA obtida do filho de Ramirez, um laboratório concluiu que há “apoio estatístico muito forte” de que o DNA encontrado na cena do crime pertencia a Ramirez, segundo a denúncia.
A operação para prender Ramirez levou “meses de planejamento e foi um esforço coordenado” entre o condado de Santa Clara, a polícia de Maui e as autoridades federais, disse a promotoria.
Foi financiado em grande parte por meio de uma doação do Departamento de Justiça dos EUA, concedida ao escritório do promotor público pelo Departamento de Justiça para ajudar a investigar e processar casos arquivados, disse o escritório.