Ciclone em SC deixa a primeira balada flutuante do Brasil destruída
Estrutura de 950 metros quadrados foi levada para o oceano devido às fortes rajadas de vento que atingiram o litoral catarinense
O ciclone que atinge o litoral de Santa Catarina nesta quarta-feira (10) está causando diversos danos.
Além de alagamentos, deslizamentos e inundações, a primeira balada flutuante itinerante do mundo, que seria inaugurada em novembro em Balneário Camboriú, teve toda sua estrutura levada pela correnteza.
A Dejour Club tinha como um dos sócios o empresário Álvaro Garnero e estava ancorada no Rio Camboriú, na Barra Sul de Balneário. Com 950 metros quadrados, a plataforma teria capacidade para receber 700 pessoas.
Após a inauguração em Santa Catarina, os sócios levariam essa plataforma para outras cidades do litoral brasileiro, como Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Salvador.
Em conversa com a CNN, o promotor de eventos e relações públicas Alex Ferrer, que vive em Balneário Camboriú, disse que a expectativa para o lançamento do club era grande.
“A chegada da balada flutuante seria um grande trunfo para o segmento de balada. Eu já estava planejando realizar eventos lá, já tinha amigos de vários lugares do Brasil que estavam perguntando sobre. Além de todo o investimento, muitas pessoas perderam seus empregos”, disse.
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Estrutura da balada flutuante que seria inaugurada em Balneário Camboriú até novembro deste ano • Divulgação
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A Dejour Club teria 950 metros quadrados e poderia receber até 700 pessoas • Divulgação
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O club ficaria ancorado a 250 metros de distância da areia, na Barra Sul, em Balneário Camboriú • Divulgação
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Um dos sócios da primeira balada flutuante do Brasil era o empresário Álvaro Garnero • Divulgação
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Dejour Club vista de cima em Balneário Camboriú • Arquivo Pessoal/Alex Ferrer
Em nota, a assessoria de imprensa do Dejour Club afirmou que o “primeiro floating club itinerante sofreu um golpe duro da natureza” e que, com “a passagem de um ciclone extratropical com chuva intensa e ventos fortes com a velocidade das rajadas ultrapassando 100km/h, que atinge o litoral de Santa Catarina, a estrutura da plataforma náutica se desprendeu e foi arrastada para alto mar na Praia Central.”
Segundo o comunicado, “barcos de resgate foram acionados e o Barco Pirata também tentou ajudar e conter a Plataforma, mas não foi possível salvar”. A estrutura, de acordo com a nota, estava totalmente abrigada, em águas calmas, e ancorada com correntes e poitas no local em que se encontrava.
A plataforma suportaria ventos maiores do que o ocorrido, ainda segundo a nota, e que “no plano de funcionamento também está previsto que, em dias com ventos fortes a plataforma não abriria ao público”.
De acordo com a Defesa Civil do estado, a chuva deve ser persistente, com intensidade moderada a forte em alguns momentos do dia. As rajadas de vento variam de 55 km/h a 85 km/h, podendo se aproximar dos 100 km/h.
O órgão também alerta para o risco muito alto para ocorrências relacionadas aos ventos, como destelhamentos, queda de árvores, de galhos e danos à rede elétrica. Uma massa de ar frio que se aproxima de Santa Catarina deve melhorar as condições climáticas a partir da noite desta quarta.
À CNN, a meteorologista da Climatempo Maria Clara Sassaki afirmou que o ciclone extratropical tem intensidade forte e avança rápido pelo país ao longo da semana.
*Editado por Thayana Nunes.