Homem que matou petista em festa tem alta prevista para esta quarta-feira (10)
Jorge Guaranho teve prisão domiciliar negada e deve ir para complexo médico penal em Curitiba (PR)
A Justiça do Paraná negou um segundo pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do policial penal Jorge Guaranho, indiciado pela morte do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, durante o aniversário do petista com tema do partido.
Guaranho está internado desde o ocorrido, e a alta estava prevista para esta quarta-feira (10) às 12h, mas ainda não foi confirmada pelo hospital. Conforme a determinação judicial, ele deve ser encaminhado ao Complexo Médico Penal, em Curitiba (PR).
Por volta de 15h, uma fonte ligada ao Ministério Público do Paraná informou que Guaranho ainda não havia sido transferido.
“O pedido da defesa de liberdade provisória e de substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar foi negado, o pedido de reconsideração também”, afirmou em nota o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
A Justiça do Paraná acatou no dia 20 de julho a denúncia do Ministério Público contra Jorge Guaranho, tornando-o réu no processo. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Relembre o caso
Arruda foi morto por Garanho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, com tema em homenagem ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o MP, o crime teve motivação política, com “preferências político-partidárias antagônicas”. A Promotoria afirma que Guaranho atirou em Arruda quando ele já estava no chão, dizendo “petista vai morrer tudo [sic]”.
A denúncia vai na direção contrária ao inquérito da Polícia Civil do Paraná, que descartou, na última sexta-feira (15), que houve motivação política.
Os advogados de Arruda, por sua vez, afirmaram que as investigações mostrariam que o caso aconteceu por causa da divergência política.