Julho de 2022 está entre os mais quentes já registrados, diz ONU
Neste ano, o mês só teve médias de temperatura inferiores a 2019 e ligeiramente superiores a 2019; termômetros ultrapassaram 40°C em partes de Portugal, Espanha, França e Reino Unido
A Organização Meteorológica Mundial, agência da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que julho de 2022 está entre os três mais quentes já registrados.
Segundo a instituição, o termômetro ficou cerca de 0,4°C acima do período de referência categorizado de 1991 a 2020.
Neste ano, o mês só teve médias inferiores a 2019 e ligeiramente superiores a 2019, porque as margens foram tão pequenas que não é possível uma classificação clara, explica a agência.
Na avaliação do secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, “esse tipo de onda de calor é o novo normal”.
Calor no hemisfério norte
A OMM aponta que nem mesmo o La Niña, fenômeno climático que influencia no resfriamento, foi o bastante para aplacar as ondas de calor prolongadas e intensas na Europa.
Os termômetros ultrapassaram 40°C em partes de Portugal, Espanha, França e Reino Unido.
Na Espanha, julho foi o mês com as temperaturas mais altas desde 1961, com uma média de 2,7ºC acima do normal. As temperaturas registradas no Reino Unido foram recorde.
Com o calor, o continente europeu também sofreu com o tempo seco e com baixa precipitação. A falta de chuva atingiu economias locais, agricultura e provocou incêndios florestais.
A tendência de clima excepcionalmente quente e seco continua em agosto, aponta a agência, com o Sul da França marcando até 5°C acima do normal para esta época do ano.
Nos Estados Unidos, este julho foi o terceiro mais quente já registrado. As temperaturas diurnas acima de 37,8°C aumentaram a demanda de energia e a incidência de doenças relacionadas ao calor.