Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    No momento, chances de conflito armado em Taiwan são pequenas, avalia professor

    À CNN Rádio, Kai Enno Lehmann afirmou que visita de Nancy Pelosi a Taiwan mostra certa fraqueza do presidente Joe Biden

    A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, recebe a Ordem das Nuvens Propícias com Grande Cordão Especial, a mais alta honraria civil de Taiwan, da presidente da ilha Tsai Ing-wen, no escritório da Presidência
    A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, recebe a Ordem das Nuvens Propícias com Grande Cordão Especial, a mais alta honraria civil de Taiwan, da presidente da ilha Tsai Ing-wen, no escritório da Presidência Getty Images

    Amanda Garciada CNN

    “As chances no momento de um conflito armado em Taiwan são pequenas”, acredita o professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Kai Enno Lehmann, em entrevista à CNN Rádio.

    Segundo ele, “logisticamente uma invasão chinesa em Taiwan seria complicada” do ponto de vista militar, já que é uma ilha.

    Ao mesmo tempo, o professor disse que a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos Nancy Pelosi cria um ponto de crise em um momento que o mundo não precisa de mais tensões.

    “A visão de Pelosi é normativa, ela sustentou e sustenta que, nesse momento, é importante os EUA se solidarizarem com democracias e mostrar que o país vai protegê-las de vizinhos maiores, como na Ucrânia”, explicou.

    No entanto, ele vê que o “timing da visita chama a atenção”: “Me parece estrategicamente dividir atenções entre a China/Taiwan e Ucrânia/Rússia.”

    “No momento, tanto americanos quanto o resto do mundo devem focar na Ucrânia para garantir que ela vença, isso não ajuda. A Rússia para sustentar a guerra depende das relações comerciais com a China, e os laços políticos vão se fortalecer em consequência dessa visita de Pelosi.”

    Internamente, na questão doméstica, Kai Enno reforça que a viagem de Nancy Pelosi demonstra certa “fraqueza do presidente Joe Biden”, já que ele era contrário ao encontro.

    “Para ela, pessoalmente, não faz diferença, ela tem 82 anos, então o futuro político dela não importa a ela. No cálculo das eleições congressistas em novembro talvez ela esteja pensando em não permitir os republicanos de pintar o governo como fraco diante das ameaças chinesas”, completou.

    *Com produção de Alessandra Ferreira