Destaque é velocidade que o desemprego vem cedendo, diz economista
Especialista comentou os resultados da taxa de desemprego no Brasil divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE
Em entrevista à CNN, nesta sexta-feira (29), o economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso, avaliou que o destaque dos resultados da Pnad Contínua é a velocidade que o desemprego vem cedendo no Brasil.
“O maior destaque, a meu ver, nesse mercado de trabalho, é a velocidade com que ele [o desemprego] vem cedendo. Historicamente, o desemprego no Brasil cede de uma forma muito mais lenta num pós-crise… uma taxa de 9,3% me surpreende bastante”, afirmou.
Nesta sexta-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,3% no trimestre encerrado em junho, queda de 1,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior.
Este é o menor patamar para o período desde 2015, quando a taxa ficou em 8,4%. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
O economista-chefe disse ainda que os rendimentos reais dos trabalhadores está baixo por conta da alta inflação. No entanto, Caruso avalia que o pior momento do índice inflacionário está “ficando para trás”, o que deve melhorar nominalmente os salários.
“Penso que lentamente os rendimentos nominais devem começar a melhorar e, se tudo der certo, o pior momento da inflação está ficando para trás e o rendimento real, aos poucos, vai sair desse número negativo, em termos de taxa de crescimento, e ir para o caminho do campo positivo”, afirmou.
De acordo com o IBGE, o rendimento médio foi estimado em R$ 2.652, ficando estável na comparação com o primeiro trimestre. No ano, houve queda de 5,1%. Já a massa de rendimento chegou a R$ 255,7 bilhões, um aumento de 4,4% frente ao trimestre anterior e de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
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