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    Dívida bruta cai a 78,2% do PIB em maio, menor patamar desde início da pandemia

    Número é pouco mais que o dobro que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando as contas públicas tiveram saldo negativo de R$ 15,541 bilhões

    Anna RussiElis Barretoda CNN , em Brasília

    A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) registrou queda de 0,1 ponto percentual em maio, na comparação com o mês anterior. A DBGG, que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,2% do PIB em maio de 2022, mostram dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira.

    O valor chegou ao menor nível desde o começo da pandemia, em março de 2020, quando o governo começou a anunciar gastos emergenciais para conter os impactos da pandemia na vida da população.

    O valor equivale a R$ 7,098 trilhões. Em fevereiro de 2021, a DBGG bateu recorde ao alcançar 90% do PIB.

    De acordo com o BC, a evolução decorreu, principalmente, do “efeito do crescimento do PIB nominal, dos resgates líquidos de dívida, do efeito da valorização cambial, e dos juros nominais apropriados”.

    O indicador serve como referência para as agências de classificação de risco, que definem a atratividade de investimentos nos países.

    No ano passado, a DBGG encerrou em R$ 6,966 trilhões, equivalente a 80,3% do PIB.

    Contas do setor público

    As contas do setor público consolidado tiveram déficit primário de R$ 32,992 bilhões em maio.

    O número é pouco mais que o dobro que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando as contas públicas tiveram saldo negativo de R$ 15,541 bilhões.

    Os números são da nota de estatísticas fiscais, divulgada pelo Banco Central nesta sexta-feira (29). O resultado do setor público consolidado inclui as contas do governo federal, dos governos regionais e das estatais federais.

    O déficit primário não inclui as despesas com juros e mostra que o valor arrecadado foi insuficiente para cobrir as despesas públicas.

    Enquanto o Governo Central (governo federal, BC e Previdência) ficou negativo em R$ 40,017 bilhões em maio, os governos estaduais e municipais foram superavitários em R$ 7,331 bilhões.

    As empresas estatais também ficaram negativas em R$ 306,797 milhões.

    Quando incluídos os gastos com juros, o resultado nominal muda para déficit de R$ 65,972 bilhões em maio.

    Sozinha, a conta de juros somou R$ 32,978 bilhões no quinto mês do ano.

    No acumulado de janeiro a maio, as contas do setor público acumulam superávit primário de R$ 115,500 bilhões.

    O número equivale a 2,97% do Produto Interno Bruto (PIB).

    Incluídos os R$ 187,450 bilhões com juros, o resultado nominal passa para déficit de R$ 71,950 bilhões.

     

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