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    Manifesto pode acirrar tensões, diz presidente da CNI; instituição não irá apoiar texto da Fiesp

    Robson Braga de Andrade diz que aderir ao manifesto já embute um posicionamento político

    Renata Agostinida CNN

    O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, diz que o manifesto proposto pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pode aumentar o clima de tensionamento no país, já que aderir a ele embute um posicionamento político.

    A confederação foi consultada, mas decidiu que não apoiará o documento.“Entendemos que, num momento como esse, o manifesto pode acirrar tensões que estão no ar”, afirmou à CNN o presidente da CNI.

    Para o presidente da entidade que representa a indústria nacional, trata-se de assumir um “posicionamento político” mais do que a simples “defesa das instituições”.

    De acordo com Andrade, a CNI tem um posicionamento histórico de somente se posicionar sobre pautas relacionais ao interesse da indústria e irá manter essa diretriz.

    “O momento político está muito tenso. E, com um manifesto, acabaríamos nos posicionando politicamente. Com ele, você não está a favor somente da democracia, mas demonstra que há incômodo com alguém… ou não seria necessário um manifesto”, afirmou.

    Andrade diz que é possível que federações de indústria e de comércio assinem o documento. E notou a adesão de empresários importantes, de todos os setores, ao movimento. Ele ponderou, no entanto, que o apoio institucional da CNI poderia “aumentar um pouco o estresse do momento” e o desejo da entidade é contribuir para um clima tranquilo.

    “Na questão político-partidária, sempre procuramos manter a neutralidade. Temos muita cautela com posicionamento político. No Congresso Nacional, trabalhamos com todos os parlamentares, de todos os partidos políticos”.

    Segundo ele, a CNI deve preparar um posicionamento, possivelmente no formato de um artigo, expressando os principais valores defendidos pela entidade.Andrade pontuou que a confederação acredita e defende o atual sistema de votação do país, baseado no uso das urnas eletrônicas, e que este posicionamento já foi externado em outras ocasiões.

    “Acreditamos na votação eletrônica. Achamos que não existem falhas. Nada que impeça que nossa votação seja considerada uma das melhores do mundo”, disse.