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    “Inflação do aluguel”: IGP-M desacelera a 0,21% em julho, diz FGV

    Índice acumula alta de 8,39% no ano e de 10,08% em 12 meses

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business , em São Paulo

    IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) variou 0,21% em julho, ante 0,59% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), nesta quinta-feira (29).

    O índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor.

    Com este resultado, o IGP-M acumula alta de 8,39% no ano e de 10,08% em 12 meses. No mesmo período no ano passado, o índice havia subido 0,78% e acumulava alta de 33,83% em 12 meses.

    Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre, a queda das commodities e a redução do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica contribuíram para a desaceleração de julho.

    “Preços de commodities importantes estão cedendo, refletindo os riscos de um cenário macroeconômico pouco animador. Segundo o índice ao produtor, ocorreram recuos importantes nos preços do minério de ferro (de -0,32% para -11,98%), do milho (de -1,21% para -5,00%) e da soja (de -0,80% para -2,05%)”, destacou.

    “No âmbito do consumidor, a redução do ICMS da energia elétrica (de -0,34% para -3,11%) e da gasolina (de -0,19% para -7,26%) influenciaram destacadamente o resultado do IPC, que registrou queda de 0,28%. Se não fosse a redução do ICMS, o IPC não teria registrado taxa negativa”, acrescentou.

    O resultado do índice de julho veio abaixo das expectativas do mercado, que esperava o IGP-M com variação de 0,34%, de acordo com o último Focus.

    O IGP-M é composto pela ponderação de três outros índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

    IPA

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que abrange 60% da composição do IGP-M, também variou 0,21% em julho, ante 0,30% em junho.

    Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,69% em julho, ante 0,58% no mês anterior.

    Segundo o Ibre, a principal contribuição para o resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -0,25% para 2,39%, no mesmo período.

    Já o estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 2,13% em julho, após queda de 0,52% em junho. Destaca-se a queda acentuada de minério de ferro (-0,32% para -11,98%), algodão em caroço (2,28% para -14,02%) e milho em grão (-1,21% para -5,00%).

    IPC

    Representando 30% do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor caiu 0,28% em julho, após alta de 0,71% em junho. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação.

    A principal contribuição partiu do grupo Transportes, que passou de 0,09% para -2,42%. Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -0,19% em junho para -7,26% em julho.

    INCC

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção, que representa os 10% finais da composição do IGP-M, subiu 1,16% em julho, ante 2,81% em junho.

    Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (1,58% para 0,62%), Serviços (0,50% para 0,49%) e Mão de Obra (4,37% para 1,76%).

     

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