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    Carta em defesa da democracia é reação a ataques a urnas e tribunais, diz diretor da USP

    Até a noite desta quarta-feira (27), o documento tinha 165 mil assinaturas; diretor da Faculdade de Direito da USP falou sobre o manifesto em entrevista à CNN

    Ludmila CandalTiago Tortellada CNN , em São Paulo

    Um grupo de juristas da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Fadusp) elaborou uma carta em defesa da democracia que, até a noite desta quarta-feira (27), tinha 165 mil assinaturas, incluindo banqueiros e outros setores da sociedade.

    Ela deverá ser lida pelo ex-ministro do Supremo Celso de Mello durante evento em 11 de agosto, na USP. Na data é comemorado o Dia do Estudante.

    Em entrevista à CNN nesta quarta, o diretor da Fadusp, Celso Fernandes Campilongo, afirmou que o manifesto é uma reação aos ataques a tribunais, ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Segundo explicou, essa situação “tem claramente um intuito de gerar desconfiança em relação às instituições”.

    “Uma das bases da democracia é justamente a confiança nas instituições”, observou Campilongo.

    O diretor também pontuou que os ataques são feitos “sem provas, sem documentação e sem comprovação”, o que faz com que a democracia “se sinta sitiada”.

    Sobre o apoio de banqueiros à carta, Campilongo destacou que os impactos na economia podem ocorrer pela instabilidade que as acusações, ameaça de ruptura e desconfiança nas instituições geram. Essa situação poderia, de acordo com o diretor, afastar investidores estrangeiros do Brasil.

    “Do ponto de vista jurídico, um dado elementar pro desenvolvimento econômico é a segurança jurídica”, complementou.

    Por fim, ele avaliou que é possível que haja mais de 100 mil assinaturas até o final desta quarta, destacando que, quando o manifesto foi publicado, na terça-feira (26), havia cerca de 3 mil apoiadores. Às 8h30 de hoje, eram 30 mil. E, no início desta tarde, ultrapassou a marca de 70 mil.

    A divulgação do documento foi antecipada pelo analista da CNN Caio Junqueira. Leia o manifesto na íntegra através deste link.

    *veja a entrevista completa no vídeo acima

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