Morre motorista de carro que explodiu em posto no Rio
Informação foi confirmada pelo Hospital Municipal Salgado Filho
O motorista Mário Magalhães da Penha, 67 anos, que se feriu na última terça-feira (26) após a explosão do seu carro em um posto de combustíveis no Rio de Janeiro, morreu na madrugada desta quarta (27) no Hospital Municipal Salgado Filho. Ele foi internado logo após o acidente, que ainda destruiu o veículo e parte da estrutura da cobertura do posto.
“A direção do Hospital Municipal Salgado Filho informa que, infelizmente, o paciente Mário não resistiu e faleceu durante a madrugada”, informou a Secretaria Municipal de Saúde.
Uma mulher, que também se feriu na explosão, foi atendida no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e recebeu alta ontem mesmo.
Mário Magalhães foi atingido ao abrir o porta-malas do veículo e foi arremessado com o impacto, segundo as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.
Investigação
A Polícia Civil abriu um procedimento investigativo para apurar o acidente e peritos foram ao local. Testemunhas foram ouvidas e a polícia analisa as imagens. Entre outras coisas, será investigado qual era o estado de conservação do cilindro de gás do veículo.
A concessionária Naturgy informou que é responsável apenas pelo fornecimento do gás natural veicular (GNV) e não pela inspeção dos veículos. Já o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirmou que a licença do posto de combustíveis é concedida pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Fiscalização
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulatório vinculado ao Ministério de Minas e Energia, aguarda as conclusões da perícia técnica da Polícia Civil. “O posto será autuado caso se comprove sua responsabilidade”, completou, em nota.
“Ressaltamos que a ANP fiscaliza as instalações do posto e, no caso do GNV, o limite de pressão máximo de abastecimento, que é de 220 bar”, completou.
A ANP destacou que não tem atribuição legal para atuar se o problema estiver relacionado à má instalação ou manutenção do kit GNV do veículo. As oficinas que realizam estes serviços precisam ser credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
“O risco de ocorrência de acidentes que ocasionam explosões de cilindros se deve ao procedimento de instalação e manutenção não adequados e realizados em oficinas não credenciadas por esse órgão”, acrescentou.
O Inmetro recomenda a manutenção anual do kit GNV e que, durante os abastecimentos, os motoristas e passageiros saiam do carro e se posicionem à sua frente. “Veículos que estiverem aguardando atendimento devem ser mantidos a uma distância segura daqueles que estiverem sendo abastecidos”, concluiu.