Imagens mostram estradas da Espanha em chamas; confira
Apesar das tentativas de conter os incêndios, os ventos fortes estão dificultando o trabalho da autoridade em algumas localidades
Algumas estradas no nordeste da Espanha foram cercadas por fogo nesta quinta-feira (21).
Assim como outros países da Europa, a Espanha sofre com as altas temperaturas deste mês de julho.
Imagens divulgadas pela Unidade de Emergência Militar (UME) mostram os agentes dirigindo por pistas em chamas.
Eles construíram barreiras com escavadeira e usaram água para extinguir os incêndios na vegetação montanhosa da província de Saragoça.
Apesar das tentativas, os ventos fortes estão dificultando o trabalho da autoridade em algumas localidades, como Cebreros.
Segundo a UME, o fogo forçou 1.700 moradores de Ateca a saírem de casa.
No norte da Galiza, um incêndio florestal em Folgoso do Courel queimou mais de 10 mil hectares.
As equipes de emergência estão trabalhando em Castela e Leão, Galiza, Aragão, Madrid e Castela-La Mancha.
Onda de calor atinge Hemisfério Norte
Cinco sistemas climáticos separados de alta pressão no Hemisfério Norte, ligados por ondas atmosféricas, levaram a temperaturas sem precedentes em vários continentes.
O Sistema Europeu de Informações sobre Incêndios Florestais colocou 19 países europeus em alertas de “perigo extremo” para incêndios florestais na quarta-feira (20), em uma extensão que vai de Portugal e Espanha no sudoeste, até a Albânia e a Turquia no sudeste.
Em entrevista à Rádio CNN, o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP Pedro Côrtes atribuiu as ondas de calor às mudanças climáticas.
“As mudanças climáticas levam à mudança grande no padrão de aquecimento do oceano e consequentemente da atmosfera, isso faz com que correntes marítimas sofram alterações”, explicou.
Isso significa que, no caso da Europa, os ventos que sopram de Oeste para Leste, sejam interrompidos na região perto da Inglaterra e também haja uma massa de ar quente injetada em países como Espanha e Portugal.
“São alterações nos padrões que antes eram de determinada maneira, e o risco é que se tornem permanentes.”
*Com informações de Elena Rodriguez, da Reuters, e Amanda Garcia, Júlia Vieira e Rob Picheta, da CNN