BC da Rússia propõe proibir que pequenos investidores comprem ações estrangeiras
Medida visa proteger investidores depois que sanções ocidentais os deixaram com bilhões de dólares presos em contas congeladas
O banco central da Rússia propôs proibir russos com participações em valor inferior a US$ 550 mil de comprar ações estrangeiras, como uma medida para proteger os investidores depois que sanções ocidentais os deixaram com bilhões de dólares presos em contas congeladas.
A Rússia teve um boom de investimentos no varejo desde a pandemia de Covid-19, com investidores individuais buscando ganhar dinheiro em meio a um número recorde de IPOs domésticos e baixas taxas de depósito.
Muitos russos também compraram ações estrangeiras usando contas agora congeladas sob sanções ocidentais, impostas depois que a Rússia enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
O vice-presidente do banco central do país, Philip Gabunia, disse que mais de 5 milhões de pessoas na Rússia possuem ações estrangeiras em contas congeladas, num valor combinado de mais de 320 bilhões de rublos (US$ 5,84 bilhões).
Novas restrições reforçariam os requisitos para obter status qualificado para comprar ações estrangeiras, disse Gabunia em entrevista coletiva.
Além de exigir que os investidores tenham participações no valor de mais de 30 milhões de rublos (US$ 550 mil), a mudança também exigiria que eles passassem por um teste de conhecimento.