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    Estupro de grávida em hospital público do Rio durou pouco mais de nove minutos

    Giovanni Quintella Bezerra foi indiciado por estupro de vulnerável; médico anestesista aplicou medicamento na vítima sete vezes durante o crime

    Rafaela CascardoIsabelle Resendeda CNN , no Rio de Janeiro

    A Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, concluiu, nesta terça-feira (19), o inquérito que investigava o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável.

    Segundo fontes da Polícia Civil, o estupro cometido por ele no dia 10 de julho durou 9 minutos e 5 segundos. A Polícia analisou o vídeo de 1 hora, 36 minutos e 20 segundos que foi gravado pela equipe médica do Hospital da Mulher, em São João de Meriti, onde o crime aconteceu. O material estava íntegro e sem edições, segundo a perícia.

    Foi possível chegar à conclusão que Giovanni começou o ato 50 segundos após o marido da vítima, que estava em uma cesariana, sair da sala da cirurgia.

    Também foi observado que o médico aplicou medicamento na vítima sete vezes durante a ação criminosa. Além disso, o laudo médico-hospitalar em material usado pelo anestesista para se limpar após o estupro não constatou a presença de sêmen. Porém, como o material passou por diferentes recipientes após a coleta, não foi possível garantir sua integridade.

    Dois medicamentos foram aplicados na vítima: cetamina e propofol. Como as ampolas estavam quebradas pela própria utilização, a perita previu a possibilidade de contaminação entre os frascos.

    Ao todo, 19 pessoas foram ouvidas no inquérito, incluindo policiais, integrantes corpo técnico/médico, o autor, a vítima e o marido dela.

    A Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti continua investigando Giovanni, agora em um segundo inquérito, que apura outros cinco possíveis estupros.

    No Hospital da Mãe, em Mesquita, também na Baixada, o médico participou de 44 cirurgias. Todos os casos estão sendo analisados pela delegada responsável pelas investigações, Bárbara Lomba.

    O Ministério Público do Rio já havia denunciado Giovanni por estupro de vulnerável na semana passada e pedido sigilo no processo, além de uma indenização à vítima no valor mínimo de 10 salários mínimos. A denúncia já havia sido aceita pela justiça fluminense.

    Giovanni continua preso em uma cela isolada em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da Capital. A CNN segue tentando localizar a defesa do acusado.

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