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    Ibovespa fecha em alta de 1,37% com exterior favorável; dólar cai a R$ 5,42

    Principal índice da B3 terminou o pregão aos 98.224,80 pontos; moeda norte-americana desvalorizou 0,12%

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business* em São Paulo

    O Ibovespa encerrou em alta de 1,37%, aos 98.224,80 pontos, nesta terça-feira (19), seguindo um movimento de alta no exterior enquanto os investidores repercutiram os balanços financeiros de empresas referentes ao 2º trimestre do ano tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

    O dólar, por sua vez, encerrou em queda de 0,12%, a R$ 5,419, com o mercado à espera de decisões de juros na Europa e nos EUA.

    Na segunda-feira (18), o dólar fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,425. Já o Ibovespa avançou 0,38%, aos 96.916,13 pontos.

    Decisões dos Bancos Centrais

    Na próxima quinta-feira (21), o Banco Central Europeu (BCE) deve iniciar o ciclo de alta de juros na zona do euro, mas ainda não está claro se a autarquia fará um aumento de 0,25 ou 0,5 ponto percentual.

    A perspectiva de uma alta maior na Europa favoreceu o euro em relação ao dólar nesta sessão e abriu margem para o recuo ante outras moedas, como o real.

    Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve se reúne na próxima semana para realizar a quarta alta consecutivo nos juros. A expectativa do mercado é de uma elevação de 0,75 ponto percentual, já indicada por dirigentes da autarquia mesmo com uma inflação de maio maior que o esperado.

    O movimento global de alta de juros gera cautela e aversão a riscos entre os investidores, já que alimenta apostas em uma recessão econômica generalizada e leva à retirada de investimentos de mercados considerados arriscados, caso do Brasil.

    Sentimento global

    Os investidores ainda mantêm uma forte aversão global a riscos desencadeada por temores sobre uma possível desaceleração econômica generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter níveis recordes de inflação, o que prejudicaria diversos tipos de investimentos.

    A principal causa para essa aversão é o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, com a elevação mais recente anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. A alta foi de 0,75 ponto percentual, maior desde 1994, e novas elevações na mesma magnitude não foram descartas.

    Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

    Entretanto, o combate do país à maior inflação em 41 anos gera crescentes temores de uma recessão na maior economia do mundo devido à necessidade de um aperto monetário agressivo. O risco leva a uma aversão a riscos, favorecendo o dólar e prejudicando ativos considerados arriscados, caso do mercado brasileiro.

    Por outro lado, novas restrições em cidades da China foram anunciadas no início de julho, revertendo um cenário de otimismo sobre uma retomada da economia do país após meses de lockdown em Xangai e Pequim. O quadro reforça temores de uma desaceleração econômica chinesa e consequente queda na demanda por commodities.

    No cenário doméstico, a PEC dos Benefícios, que cria ou expande benefícios sociais com custo estimado em R$ 41 bilhões, foi mal recebida pelo mercado, já que reforça o risco fiscal ao trazer novos gastos acima do teto.

    Com a combinação de ambientes interno e externo adversos, a retirada de investimentos prejudica o Ibovespa e favorece o dólar em relação ao real.

    Sobe e desce da B3

    Veja os principais destaques do pregão desta terça-feira:

    Maiores altas

    • Alpargatas (ALPA4) +8,35%;
    • Marfrig (MRFG3) +8,23%;
    • Embraer (EMBR3) +7,70%;
    • Gol (GOLL4) +5,90%;
    • Totvs (TOTS3) +5,47%

    Maiores baixas

    • Yduqs (YDUQ3) -4,01%;
    • Cogna (COGN3) -3,32%;
    • Fleury (FLRY3) -2,49%;
    • Eneva (ENEV3) -2,36%;
    • Raia Drogasil (RADL3) -1,94%

     

     

    *Com informações da Reuters