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    Principal general dos EUA ordena revisão de interações militares com a China

    Segundo Mark Milley, chefe do Estado-Maior americano, os chineses estão "em ascensão há mais de uma década" e se tonaram "mais ousados no Pacífico"

    Barbara Starrda CNN

    O general mais graduado dos Estados Unidos ordenou uma revisão abrangente das interações militares americanas com as forças chinesas nos últimos cinco anos, à medida que as preocupações sobre o comportamento assertivo de Pequim na região do Indo-Pacífico aumentam, de acordo com três oficiais de defesa.

    Ao ordenar a revisão, o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley, busca obter uma compreensão detalhada de todas as interações entre as duas Forças Armadas, especialmente aquelas que possam ser consideradas “inseguras” ou “não profissionais” devido a aeronaves ou navios chineses que operam perto demais de ativos militares dos EUA.

    Autoridades americanas disseram à CNN que o objetivo é ter uma visão sólida de quaisquer mudanças nos padrões de atividade militar da China.

    “A China está em ascensão econômica e militar há mais de uma década. Eles se tornaram mais ousados ​​no Pacífico”, disse Milley em comunicado à CNN.

    “Manter linhas abertas de comunicação e administrar a competição reduzirá o risco estratégico. O foco das forças armadas dos EUA está na modernização e prontidão. Nossa rede de parceiros e aliados é uma fonte de força”, acrescentou o general.

    As interações entre as duas forças militares são tão sensíveis que os incidentes muitas vezes não são divulgados. Por exemplo, em junho, um avião de transporte C-130 dos EUA operado por forças especiais teve algum tipo de encontro com aeronaves chinesas, mas o Pentágono não reconheceu publicamente o incidente.

    Milley pediu uma revisão inicial interna antes de sua teleconferência de 7 de julho com seu colega chinês, o general Li Zuocheng.

    “O general Milley discutiu a necessidade de gerenciar a concorrência com responsabilidade e manter linhas abertas de comunicação. O general ressaltou a importância do Exército de Libertação Popular se engajar em diálogo substantivo para melhorar as comunicações de crise e reduzir o risco estratégico”, informou comunicado do escritório de Milley emitido após a ligação.

    Espera-se que a revisão continue refletindo o intenso foco do general em garantir que os EUA tenham uma compreensão completa das capacidades e intenções militares chinesas.

    Combater a China é uma prioridade estratégica fundamental dos EUA. No mês passado, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, criticou Pequim por uma série de ações agressivas e perigosas que ameaçam a estabilidade na Ásia e prometeu que os americanos apoiariam seus parceiros para resistir a qualquer pressão.

    “Os países do Indo-Pacífico não devem enfrentar intimidação política, coerção econômica ou assédio por milícias marítimas”, disse Austin em um discurso no Shangri-La Dialogue, a principal conferência de defesa da Ásia.

    “As medidas da RPC (República Popular da China) ameaçam minar a segurança, a estabilidade e a prosperidade no Indo-Pacífico”, completou o secretário.

    Destróier norte-americano USS Benfold durante operações no Mar do Sul da China / 13/07/2022 Marinha dos EUA/Divulgação via REUTERS

    Austin listou uma série de áreas onde disse que a China está pressionando seus vizinhos, incluindo o envio de um grande número de aviões de guerra para os céus próximos a Taiwan, a interceptação de aviões de patrulha de aliados dos EUA e a realização de operações de pesca ilegal que “saqueiam as provisões da região”.

    Em março, o Almirante Philip Davidson, então chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, descreveu a China como “a maior ameaça estratégica de longo prazo à segurança no século XXI”.

    A China está convencida de que seus militares são defensivos.

    “O desenvolvimento da defesa nacional da China visa atender às suas legítimas necessidades de segurança e contribuir para o crescimento das forças pacíficas do mundo”, afirma o principal documento de defesa do país, atualizado em 2019. “A China nunca ameaçará nenhum outro país ou buscará qualquer esfera de influência.”

    Os EUA, por sua vez, parecem estar intensificando suas operações no Mar da China Meridional. Na última semana, um navio de guerra da Marinha americana, o USS Benfold, desafiou as reivindicações chinesas sobre ilhas disputadas na região, informou a 7ª Frota dos EUA em comunicado.

    A operação da Marinha dos EUA próximo às Ilhas Paracel onde a China construiu fortificações militares em ilhas artificiais desafiou “as restrições à passagem inocente impostas por República Popular da China (RPC), Vietnã e Taiwan”, disse o comunicado.

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