Barril de petróleo avança US$ 5 com dólar mais fraco e oferta apertada
Tanto o Brent quanto o WTI na semana passada registraram as maiores quedas semanais em cerca de um mês
Os preços do petróleo subiram mais de US$ 5 nesta segunda-feira (18), impulsionados por um dólar mais fraco e pelas expectativas de que o Federal Reserve não aumentará as taxas de juros em um ponto percentual completo em próxima reunião para combater a inflação.
Os futuros de petróleo Brent de setembro subiram US$ 5,11, ou 5,1%, para US$ 106,27 por barril, após avançarem 2,1% na sexta-feira.
Os futuros de petróleo WTI, dos EUA, para entrega em agosto subiram US$ 5,01, ou 5,1%, a US$ 102,60, depois de avançarem 1,9% na sessão anterior.
Na sexta-feira, dois funcionários do Federal Reserve indicaram que o Banco Central provavelmente só aumentará as taxas de juros em 75 pontos-base na reunião de 26 a 27 de julho.
Relatórios anteriores de que o Fed estava considerando uma decisão de 100 pontos-base fizeram os mercados caírem no final da semana passada.
“O forte avanço de hoje resultou em grande parte de um enfraquecimento considerável e amplo do dólar, que forneceu um fator-chave por trás das oscilações diárias do preço do petróleo nas últimas semanas”, disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates.
Tanto o Brent quanto o WTI na semana passada registraram as maiores quedas semanais em cerca de um mês.
A oferta de petróleo continua apertada. Como esperado, a viagem do presidente dos EUA, Joe Biden, à Arábia Saudita não rendeu nenhuma promessa do principal produtor da OPEP de aumentar a oferta da commodity.
A Gazprom, monopólio russo de exportação de gás, declarou, nesta segunda-feira, força maior no fornecimento de gás para pelo menos um grande cliente da Europa, de acordo com uma carta à qual a Reuters teve acesso, potencialmente aumentando o conflito entre Moscou e a Europa.
Isso acrescentou suporte aos preços do petróleo, já que os operadores consideraram o episódio como um precursor das ações da Rússia para usar suas exportações de petróleo e gás como arma.
“O outro risco claro é que a Rússia vai reduzir ainda mais o fornecimento para a Europa para tentar aumentar o custo de apoio à Ucrânia”, disse Helima Croft, chefe de estratégia global de commodities da RBC Capital Markets.