Mais de 40 mulheres foram atendidas por anestesista do RJ em uma unidade de saúde
Hospital da Mãe, em Mesquita, enviou lista de anestesiadas por Giovanni Quintella Bezerra nos últimos seis meses
O Hospital da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense, enviou uma lista com o nome de 44 mulheres que foram anestesiadas por Giovanni Quintella Bezerra nos últimos seis meses para a Polícia Civil. A investigação procura identificar mais vítimas de estupro do investigado. Giovanni foi flagrado em um vídeo gravado pela equipe médica estuprando uma mulher que passava por uma cesariana no último domingo (10).
Nesta sexta-feira (15), mais uma possível vítima do anestesista se apresentou na Delegacia de Atendimento à Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde o caso foi registrado. Segundo fontes da Polícia Civil, a mulher chegou de forma espontânea após identificar Giovanni como o anestesista da cirurgia que ela realizou no dia 16 de junho.
A delegada responsável pelas investigações, Bárbara Lomba, quer ouvir ainda a paciente que foi filmada enquanto estava sendo estuprada e seu marido. O casal deve ser ouvido fora da delegacia para preservar a família.
Os depoimentos são fundamentais para a conclusão do inquérito, que deve ser feito até a semana que vem, já que Giovanni foi preso em flagrante. A prisão dele foi convertida para preventiva e ele continua preso numa cela isolada em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na zona oeste da capital.
Ao todo, a polícia ouviu 23 pessoas até agora. Quinze foram relativas ao caso do vídeo que mostra o estupro. Outras oito pessoas prestaram depoimento no segundo inquérito que foi aberto e que apura outros seis possíveis estupros cometidos por Giovanni. Nessa investigação, foram ouvidas cinco mulheres, dois maridos e a mãe de uma das possíveis vítimas.
O Ministério Público do Estado do Rio denunciou o médico à Justiça, nesta sexta, pelo crime de estupro de vulnerável. De acordo com a denúncia, os crimes em questão foram cometidos contra mulher grávida e com violação do dever inerente à profissão de médico anestesiologista.
Para preservar e resguardar a imagem da vítima, o MP pediu sigilo no processo, além de uma indenização em favor da vítima, em valor não inferior a 10 salários mínimos, considerando os prejuízos de ordem moral a ela causados.
A CNN tenta localizar a defesa do anestesista. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, também está apurando o caso por meio de uma sindicância.