Temendo violência nas eleições, PF pede união de esforços das forças de segurança
O documento que a CNN teve acesso define que as ações operacionais devem iniciar a partir da data de homologação das respectivas candidaturas em convenção partidária
A direção da Polícia Federal orientou suas 27 superintendências regionais a fazerem contato com as respectivas secretarias de Segurança nos Estados para mobilizar esforços no processo eleitoral deste ano. A direção do órgão aponta para a necessidade de somar esforços para garantir a segurança dos candidatos à Presidência da República.
O documento que a CNN teve acesso define que as ações operacionais devem iniciar a partir da data de homologação das respectivas candidaturas em convenção partidária e reforça a necessidade de unir esforços das forças de segurança devido ao acirramento político. Em um dos trechos do ofício a PF diz que “o cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correlegionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral.”
A CNN apurou que os grupos que farão a segurança dos presidenciáveis serão divididos em equipes de risco elevado e outras de menor risco. O número de agentes em cada campanha será definido de acordo com uma análise de risco. A equipe que acompanhará o candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá ao menos 40 policiais federais, sendo que três deles devem ser delegados que vão coordenar as equipes. Dependendo do local da agenda do candidato esse número pode aumentar. Os grupos que atuarão com risco mais elevado contarão com o efetivo mínimo de 27 policiais federais entre agentes e delegados.
O ofício foi encaminhado no dia 24 de junho, de acordo com fontes da PF. A recomendação da da Polícia Federal foi feita pelo do diretor-executivo, Sandro Avelar, que é responsável pela área que trata da segurança dos candidatos. A PF é responsável pela segurança dos candidatos à presidência com exceção do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é atribuição do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Serão cerca de 300 policiais envolvidos entre aqueles que irão compor as equipes dedicadas de proteção e aqueles das unidades especializadas que vão apoiar as equipes dedicadas às visitas dos candidatos aos seus respectivos Estados.