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    Banheiro misto resolveria constrangimento e violência contra pessoas trans, diz ativista

    À CNN Rádio, Marcella Montteiro, que é uma mulher trans, contou que já sofreu intimidação em banheiros públicos

    Amanda GarciaRafael Câmara

     

    A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), lançou nessa semana a campanha Libera Meu Xixi, que tem como objetivo conscientizar e mobilizar a sociedade sobre os direitos das pessoas trans de usar espaços públicos como os banheiros.

    Desde 2015, o Supremo Tribunal Federal adia um julgamento que pode estabelecer um paradigma e uma jurisprudência ligada a ações que tramitam em todo o país sobre o tema e a campanha também pede que o assunto volte à pauta da Corte.

    Em entrevista à CNN Rádio, orientadora socioeducacional, mulher trans negra e ativista, Marcella Montteiro, disse que há diversos relatos de violência.

    Ela própria conta que passou por uma situação dessas dentro de um shopping em que foi, segundo ela, “praticamente posta para fora do local”: “Acionei a polícia e advogados por causa da proibição de usar o banheiro público.”

    “Nós fizemos alguns avanços, mas não muitos, as pessoas ficam com mais receio de bloquear uso do banheiro e espaços, porque sabem que podem ser processados, por causa da ampla divulgação.”

    Marcella avalia que “melhorou muito a presença de pessoas não só trans, mas não-binárias em locais em que não eram e não são respeitadas.”

    Mesmo assim, ela prefere não utilizar banheiros públicos: “É um lugar que eu não vou, por causa do trauma. Tenho receio de segurança arrombar a porta e ser retirado com agressividade.”

    Na avaliação da ativista, “o banheiro misto resolveria muito o caso”, ou seja, sem distinção de gênero.

    “Não queremos um banheiro exclusivo, mas, sim, usar banheiro de acordo com o gênero que nos identificamos”, completou.

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