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    Depoimentos confirmam discussão inicial por política, diz secretário sobre morte de petista no PR

    À CNN, titular da pasta da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, falou sobre a investigação

    Caio Junqueirada CNN

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (12), o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, falou sobre a investigação do crime contra o petista que teve sua festa de aniversário invadida e acabou baleado por um agente penitenciário federal. O secretário afirma que os depoimentos apontam que o crime foi motivado pela política.

    “Os depoimentos têm confirmado o que as imagens mostraram, que foi uma discussão inicial por questões políticas. Dentro do clube houve um acaloramento dessas discussões, ofensas recíprocas e que depois, por estarem armados, voltou a ter um novo embate e resultou no confronto armado entre os envolvidos”, disse o secretário.

    O secretário também explicou sobre a perícia que está sendo feita e como o resultado vai apontar os caminhos para o relatório final.

    “O laudo do exame cadavérico do Marcelo Arruda vai indicar muita coisa, como se ele estava sob efeito de álcool, da mesma forma o do Jorge. Com certeza os exames médicos dele vão indicar se ele estava sob efeito de álcool naquele momento. Enfim, a trajetória dos disparos, de onde partiram as armas, o exame pericial vai dizer se as armas eram funcionas – de suas instituições – ou se eram armas particulares. Toda a dinâmica vai ser mostrada durante a perícia”, afirmou.

    Mesquita disse ainda que as imagens também serão analisadas pela investigação, a fim de comprovar a sequência dos fatos.

    “As imagens também [serão analisadas], se não houve nenhuma edição, se as imagens estão íntegras, o momento de cada uma delas, se o relógio mostrado na imagem correspondia ao horário dos fatos; são essas informações periciais que devem certificar os dados técnicos necessários para o relatório final”, concluiu.

    Caso

    O guarda municipal Marcelo Arruda teve a festa de aniversário invadida pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho na noite deste sábado (9). Arruda era membro da diretiva do PT em Foz do Iguaçu e tinha a decoração da festa de comemoração dos seus 50 anos em homenagem a Lula e ao PT.

    Segundo relatos de quem estava presente, Guaranho foi até o local gritando o nome do presidente Jair Bolsonaro. Foi pedido que ele deixasse o local e ele avisou que voltaria. Arruda então foi até seu carro e pegou sua arma. Cerca de 10 minutos depois, Guaranho voltou e atirou em Arruda, que conseguiu revidar e atirar nele também. O aniversariante morreu, enquanto Guaranho foi encaminhado ao hospital em estado grave.

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