Petróleo volta a ser negociado abaixo de US$ 100 após cinco meses
Preço do barril tipo Brent teve queda de mais de 6% na manhã desta terça-feira (12), e commodity chegou a ser negociada a US$ 99, algo que não acontecia desde fevereiro
O preço do petróleo voltou a ficar abaixo dos US$ 100 pela primeira vez em cinco meses, após queda de mais de 6% da commodity nesta terça-feira (12).
Às 13h20 (horário de Brasília), o barril tipo Brent caía 6,90%, mais de US$ 7, e era negociado a US$ 99,70.
A queda do preço do petróleo ocorre em meio à alta do dólar e aos temores de recessão global, acentuados com novas restrições na China devido ao surgimento de mais casos de Covid-19.
Uma moeda americana mais forte geralmente pesa sobre o petróleo porque torna a commodity com preço em dólar mais cara para os detentores de outras moedas.
Já os bloqueios em cidades chinesas reforçam o receio de uma diminuição da atividade econômica no mundo, que sofre com um choque de oferta em razão dos efeitos da pandemia, da invasão da Ucrânia pela Rússia e pelos próprios lockdowns em regiões da China este ano, parte da política “Covid Zero” do país asiático.
“No Ocidente, a combinação de altos preços de energia e taxas de juros crescentes está alimentando preocupações sobre uma recessão que teria um sério impacto na demanda por petróleo”, comunicou o banco alemão Commerzbank.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará em 2,7 milhões de barris por dia em 2023, um pouco mais lento do que em 2022, com o consumo sustentado por uma melhor contenção da pandemia e um crescimento econômico global ainda robusto.
A Organização aumentou a previsão para a produção da commodity no Brasil este ano, a 3,9 milhões de barris por dia (bpd), o equivalente a um aumento de 200 mil bpd em relação a 2021.