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    Está na hora de as instituições garantirem a paz e a ordem democrática, diz cientista política

    Deysi Cioccari falou ao programa CNN Novo Dia sobre o sentimento de revanchismo político no Brasil

    Vinícius TadeuMarcello Sapioda CNN

    A cientista política Deysi Cioccari afirmou em entrevista ao programa CNN Novo Dia desta segunda-feira (11) que as instituições precisam se manifestar diante da instabilidade política que o Brasil vive para manter a “paz” e a “ordem democrática” no país.

    Ela comentou o assassinato do militante do Partidos dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, no último sábado (9), em Foz do Iguaçu, cometido por um apoiador do presidente, e criticou líderes políticos por não buscaram “esfriar os ânimos”.

    “O sentimento de revanchismo que temos visto na política neste ano está muito forte. Até as manifestações dos líderes, nesse fim de semana, antes do assassinato, e até depois, não foram no sentido de promover uma paz, uma estabilidade social. O que temos visto foi só buscar culpados e não uma tentativa de esfriar os ânimos”, disse.

    Por causa disso, segundo ela, a campanha política deste ano não deve ser “tranquila”, o que aumenta a responsabilidade das instituições.

    “Não acredito que os líderes políticos vão se posicionar a favor disso [paz] porque, para eles, o que está em jogo é a manutenção do poder. Agora as instituições, essas sim, o sistema Legislativo, o Judiciário, têm que se manifestar”, afirmou.

    Segundo a cientista política, as instituições precisam começar a vigiar umas às outras, dentro da ideia de “pesos e contrapesos”, com o objetivo de proteger a democracia e manter a paz. “Este é um momento de conflito, e alguém precisa agir. Então, que ajam as instituições responsáveis pela manutenção da ordem democrática”, afirmou.

    Lideranças políticas e os pré-candidatos à Presidência vêm se manifestando sobre o o assassinato de Marcelo Arruda. Nesta segunda-feira (11), em sua primeira fala pública sobre o tema, o presidente Jair Bolsonaro tratou o episódio como uma “briga”.

     

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