Pré-candidatos à Presidência falam sobre a política cambial do Brasil
Após atingir maior valor em seis meses, dólar fechou em queda na última quinta-feira; fatores internos e externos influenciam alta
Na última quinta-feira (7), o dólar fechou em queda. O movimento sinalizou alívio pontual na tendência de alta que vive a moeda norte-americana nos mercados internacionais.
A baixa ocorreu depois de a moeda ter atingido, na última quarta-feira (6), R$ 5,42 — o maior valor em seis meses.
O dólar caiu cerca de 1,44% na quinta-feira e foi negociado a R$ 5,34. Com o resultado, acumula alta de 2,12% no mês. No ano, ainda soma desvalorização de 4,15% frente à moeda brasileira.
Mas o real não é o único que vem se desvalorizando na comparação com o dólar. Recentemente a moeda norte-americana atingiu valor recorde em relação às fortes libra esterlina e euro.
Questões internas de cada país podem influenciar nesse aumento. No caso do Brasil, o retorno do risco fiscal nas últimas semanas serviu como um fator de repulsão de investimentos, o que piorou o cenário.
A CNN perguntou aos pré-candidatos à Presidência da República qual seria a política de câmbio ideal para o Brasil.
Confira abaixo as respostas:
Lula (PT):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Jair Bolsonaro (PL):
O Presidente não respondeu até o momento da publicação.
Ciro Gomes (PDT):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
André Janones (Avante):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Simone Tebet (MDB):
A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.
Felipe d’Avila (Novo):
O dólar responde às perspectivas do governo e da economia. E quais os sinais que estamos enviando? Um país que rompe o teto fiscal e aumenta o rombo das contas públicas com propostas como a PEC Kamikaze passa uma mensagem clara de irresponsabilidade. Aumentam a instabilidade, o risco e a possibilidade de um calote. Isso afasta os investidores do país. Restabelecer a confiança no país deve ser a prioridade. Para isso acontecer, precisamos respeitar o teto de gastos, estabilizar a relação dívida/PIB e focar no crescimento econômico, crescimento econômico, como abertura da economia, privatização e reformas tributária e administrativa.
Luciano Bivar (União Brasil):
A política cambial deve ser sempre de câmbio flexível para proteger a estabilidade da atividade interna e o nível de emprego. Intervenções devem ser pontuais e esporádicas dentro de uma política predeterminada para evitar choques. Nada mais do que isso.
Vera Lúcia (PSTU):
A política de câmbio no Brasil não pode estar a serviço da burguesia e dos países ricos. Inclusive, esse predomínio do dólar é parte da dominação dos EUA no mundo, o que gera pobreza, miséria e fome em grande parte do planeta, inclusive no Brasil. Esse tripé, superávit primário, meta da inflação e câmbio flutuante, funciona para os capitalistas que seguem lucrando.
Nós defendemos uma economia planificada para atender às necessidades mais sentidas pelo povo pobre e trabalhador. Não voltada aos interesses dos grandes capitalistas e ao imperialismo, como é hoje.
Defendemos um planejamento econômico acompanhado da estatização do sistema financeiro e do monopólio do comércio exterior, inclusive da moeda. Junto a isso, a suspensão do pagamento da dívida pública, proibição da remessa de lucros para fora do país, reestatização das estatais privatizadas, a expropriação dos fundos financeiros e das empresas multinacionais em operação no país e o cancelamento das dívidas bancárias dos trabalhadores e pequenos comerciantes.
Pablo Marçal (Pros):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
José Maria Eymael (DC):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Sofia Manzano (PCB):
A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.
Leonardo Pericles (UP):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.