Estimativa de junho aponta safra recorde de 261,4 milhões de toneladas em 2022, segundo IBGE
Este valor é 3,2% acima (ou 8,2 milhões de toneladas) da safra obtida em 2021 (253,2 milhões) e 0,6% abaixo da estimativa de maio (1,5 milhões)
A nova projeção da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas para esse ano é de 261,4 milhões de toneladas.
O número foi divulgado nesta quinta-feira (7), é referente a junho e está no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este valor é 3,2% acima (ou 8,2 milhões de toneladas) da safra obtida em 2021 (253,2 milhões) e 0,6% abaixo da estimativa de maio (1,5 milhões).
A pesquisa ainda mostra que a área a ser colhida é de 72,5 milhões de hectares, alta de 5,8% frente ao resultado de 2021 (ou 4 milhões de hectares). Em comparação à projeção de maio, trata-se de um crescimento de cerca de 209,4 mil hectares (ou 0,3%).
Milho
Mesmo com uma retração de 0,8% na projeção, em relação ao esperado em maio, o milho impulsiona o crescimento anual, com estimativa de 112 milhões de toneladas. Um aumento de 27,6% em relação ao ano passado, o que resultaria também em uma produção recorde.
A perspectiva de aumento na produção de milho é atribuída às condições climáticas favoráveis, especialmente as encontradas no Mato Grosso e no Paraná, maiores produtores brasileiros do grão.
Soja
Principal item da pauta brasileira de exportações, a soja apresentou recuo de 0,5% em relação à expectativa de maio, como explica Carlos Barradas, gerente da pesquisa do IBGE.
“Foi uma safra marcada por efeitos climáticos adversos, com registro de forte estiagem nos estados do centro-sul do país”, afirma o pesquisador.
Arroz
A produção de arroz apresentou queda de 2,2% na área a ser colhida e redução de 8,1% na produção com casca. Arroz, milho e soja são os principais produtos na pesquisa realizada pelo IBGE.
Juntos, somam 91,7% da produção esperada, em 87,5% da área a ser colhida.
Trigo
Considerado um cereal de inverno, o trigo tem produção projetada de 8,9 milhões de toneladas, uma retração de 0,2% em relação ao esperado em maio. O número, contudo, representa uma alta de 13,4% em relação ao ano passado.
O aumento é atribuído ao conflito entre Rússia e Ucrânia, dois grandes exportadores que reduziram a oferta internacional, o que gerou oportunidades para os produtores brasileiros. O fenômeno, contudo, gerou aumento de preços e ampliou a dependência brasileira de importações, uma vez que o país não é autossuficiente em trigo.
Atualmente, o Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com 30,3% de participação no mercado, seguido por Paraná (13,8%0, Goiás (10,6%), Rio Grande do Sul (9,4%), e Minas Gerais (6,7%). Os cinco primeiros colocados são responsáveis por 79% da produção nacional.