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    Companhia aérea SAS pede proteção contra falência nos Estados Unidos

    Decisão ocorre após greve de funcionários e subsequente cancelamento de voos, que aumentou o caos no setor de viagens da Europa

    Por Anna Ringstrom e Stine Jacobsen e Jamie Freed, da Reuters

    A companhia aérea escandinava SAS entrou com pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos em medida que visa auxiliar o corte de dívidas, disse a empresa nesta terça-feira (4), acrescentando que uma greve de pilotos aprofundou sua crise financeira.

    As negociações salariais entre a SAS e os pilotos travaram na segunda-feira (4), desencadeando uma greve que aumentou o caos no setor de viagens na Europa.

    O cenário acelerou a decisão da companhia aérea de pedir proteção contra falência, disse o presidente-executivo da empresa, Anko van der Werff.

    “A SAS visa chegar a acordos com os principais interessados, reestruturar as obrigações de dívida, reconfigurar sua frota de aeronaves e emergir com uma injeção de capital significativa”, afirmou a empresa.

    A SAS disse no documento enviado ao tribunal que a greve custaria de 10 milhões a 13 milhões de dólares por dia. Um analista do Sydbank estimou que, no pior cenário, o movimento dos trabalhadores poderia diminuir pela metade o fluxo de caixa da companhia apenas nas primeiras quatro a cinco semanas.

    A SAS disse que as discussões com os bancos sobre outros US$ 700 milhões em financiamento estão “bem avançadas”.

    A empresa afirmou que continuará a atender os clientes durante todo o processo de recuperação judicial, embora a greve afete cerca de metade dos voos da companhia aérea, impactando cerca de 30 mil passageiros por dia.

    A aérea, cujos maiores proprietários são os governos da Suécia e da Dinamarca, disse que o pedido de proteção contra falência visa acelerar um plano de reestruturação anunciado em fevereiro.

    A SAS espera concluir o processo em nove a 12 meses, acrescentou. As ações da companhia, que podem ser negociadas normalmente durante o processo, caíam 12% às 10h50 (no horário de Brasília).

    Em termos de dívida, a SAS tinha três títulos pendentes com um valor nominal total de 5,4 bilhões de coroas suecas (US$ 519 milhões). Os títulos negociam em níveis profundamente depreciados de cerca de um terço do valor de face.

    A companhia aérea projetou que seu saldo de caixa de 7,8 bilhões de coroas suecas é suficiente para cumprir as obrigações comerciais de curto prazo.

    A SAS acrescentou, no entanto, que a greve “tem um impacto negativo na liquidez e na posição financeira da empresa e, se prolongada, esse impacto pode tornar-se material”.

    O governo da Suécia disse não a uma injeção de mais capital na aérea, enquanto a Dinarmarca afirmou que pode fazê-lo se a SAS for capaz de atrair novos investidores.

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