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    Decisão do STF sobre emendas tira autonomia do Congresso? Assista a “O Grande Debate”

    AGU contestou pontos da determinação, alvo de insatisfação por líderes partidários

    Da CNN , São Paulo

    Os comentaristas da CNN José Eduardo Cardozo e Caio Coppolla discutiram, nesta terça-feira (3), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h) se a decisão do STF sobre as emendas parlamentares tira a autonomia do Congresso.

    A Advocacia-Geral da União (AGU) contestou três pontos sobre a determinação do ministro Flávio Dino, que foi referendada pela maioria da Corte em plenário virtual:

    • A exigência de um “plano de trabalho”, com aprovação do Poder Executivo (ministério setorial), para o pagamento das emendas Pix;
    • A identificação nominal dos parlamentares solicitantes ou autores das emendas de comissão;
    • A regra estabelecida para corrigir o valor das emendas parlamentares (de todos os tipos) a partir de 2025.

    Segundo relatos feitos à CNN, esses pontos foram exatamente aqueles levantados por líderes da Câmara como objeto de insatisfação. O encontro foi comandado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), com a presença do ministro da AGU, Jorge Messias.

    Para Cardozo, a decisão do STF não tira a autonomia do Congresso porque o guardião da Constituição é o Poder Judiciário.

    “O que vinha acontecendo no Congresso Nacional em relação ao plano das emendas parlamentares, a meu ver, violava claramente o texto da Constituição. Violava o princípio da publicidade, da transparência e até da moralidade em muitas perspectivas”, disse Cardozo.

    “E, nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal, como guardião da Constituição, interveio. E o ministro Flávio Dino agiu com grande correção ao tomar esta decisão, que fixa parâmetros muito claros para que os princípios constitucionais sejam respeitados”, prossegue.

    Já para Coppolla, o parecer de Dino tira a autonomia do Legislativo porque ela trata de matéria recentemente apreciada pelo Congresso e estabelece condições não previstas na lei.

    “É evidente que há um cerceamento à autonomia e a independência do Legislativo”, disse Coppolla.

    “O Judiciário está politizado. Logo, a referida guarda da Constituição também está partidarizada. Que foi aquele fenômeno que a Transparência Internacional denunciou como ‘judiciário de coalização'”, continuou.

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