Câmara condiciona aprovação de agenda econômica à revisão de acordo de emendas com STF
Para tentar conter os ânimos, governo sinalizou com emendas que estivessem disponíveis para serem liberadas
Líderes da Câmara dos Deputados decidiram em reunião fechada nesta terça-feira (3) avançar a tramitação dos projetos fiscais do governo mas só aprová-los definitivamente se houver uma revisão por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão sobre execução das emendas parlamentares.
A reunião ocorrida na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi repleta de críticas à decisão do STF.
Os parlamentares concordaram em dar andamento a Lei de Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento de 2025 e ao pacote fiscal do governo nos próximos dias mas só aprová-los em definitivo se houver uma revisão por parte do Supremo Tribunal.
Para tentar conter os ânimos, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), sinalizou com a liberação de emendas que estivessem disponíveis para serem liberadas e sugeriu que o Palácio do Planalto ajudaria na revisão da decisão com o governo.
As reclamações vieram principalmente da oposição e da base aliada, à exceção do PT. Eles disseram que houve um acordo feito com o STF, que a corte o descumpriu e que foram surpreendidos pela decisão.
As queixas se referem em especial à determinação de que o Legislativo receba o menor valor possível em emendas a serem executadas e que cada emenda tenha um ano prévio de execução, algo considerado inviável pela limitação técnica das prefeituras.
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