Padilha, Salles, Gleisi e Seif: o que disseram à CNN bolsonaristas e petistas sobre o inquérito do golpe
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, enviou na última terça-feira (26) para a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigação sobre tentativa de golpe de Estado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, enviou na última terça-feira (26) para a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado no Brasil após o resultado da eleição presidencial de 2022.
Na investigação, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas.
A CNN entrevistou ao longo da programação bolsonaristas e petistas sobre o inquérito. Veja o que eles disseram:
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou durante entrevista ao Live CNN que “é importante continuar o trabalho técnico da Polícia Federal” e que é preciso punir de forma veemente.
“É importante continuar o trabalho técnico da Polícia Federal, trabalho do Judiciário, respeitando todas as regras do Estado Democrático de Direito para que se puna de forma veemente os autores desses crimes”, disse.
Padilha também comentou que seu nome constava em anotações do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo de Jair Bolsonaro (PL).
“Eu vi ontem o relatório do meu nome sendo monitorado ali no caderninho do general Heleno, está ali Alexandre Padilha”, disse, expressando preocupação com o uso de instrumentos do Estado para monitorar adversários políticos.
Ricardo Salles (Novo), deputado federal
O deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles também comentou sobre o inquérito em entrevista ao Live CNN nesta quarta-feira (27).
Para ele, uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seria “absurda” e “inconcebível”.
“Ainda que você admita por hipótese, eu acho que não aconteceu, mas se você admitir por hipótese que isso foi discutido, que isso foi pensado, né? Você tem que pensar, tem que olhar por outro prisma”, disse o parlamentar.
“De tudo que nós lemos, é troca de golpe, é troca de minuta, é mensagem de WhatsApp, é mensagem meio lacradora, é o sujeito que fala os palavrões, mas efetivamente ação concreta não há, pelo menos não se viu até agora”, afirmou Salles.
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ao comentar o inquérito, se colocou contra o PL que pretende anistiar todos os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Em entrevista ao Bastidores CNN a parlamentar afirmou que “a anistia vai ser vir única e exclusivamente para dizer: podem fazer novamente”.
“Querer matar um presidente eleito? Um ministro do Supremo? Onde é que nós estamos? Isso não pode passar em branco, tem que ser com muito rigor a punição”, complementou a deputada.
A petista também se colocou contra a presença de militares na política. “Quem está com armas tem que cuidar de segurança e no caso das Forças Armadas, do território nacional, dos nossos céus e nossos mares , da soberania do nosso país e não fazer política (…) Quando a política se confunde com armas dá nisso”.
Jorge Seif (PL), senador
O senador Jorge Seif (PL), disse também ao Bastidores CNN que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está “tranquilo porque não fez nada”.
Em sua visão, o inquérito da Polícia Federal apresenta provas “incontestes de que Bolsonaro não foi o golpista e sim quem evitou o golpe de Estado em seu entorno”.
“As coisas não se comprovam. Se falarmos o seguinte: o entorno do Bolsonaro desejou profundamente que tivesse uma atitude radical, o presidente sempre nos falou e sempre fala respeito das quatro linhas e assim ele se comportou “, afirmou.
“Minuta de golpe significa decretação de Estado de Defesa, que está previsto na Constituição. Então não há golpe”, completou o parlamentar.