Bolsonaro e Valdemar tiveram “ação dolosa” ao disseminarem narrativa de fraude nas eleições de 2022, diz PF
Relatório cita depoimentos do ex-comandante da Aeronáutica e do Exército que teriam confirmado que Bolsonaro sabia da inexistência de fraudes no pleito de 2022
O relatório da Polícia Federal (PF) divulgado nesta terça-feira (26) indica que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, atuaram para disseminar uma falsa narrativa de fraude nas eleições de 2022.
O relatório cita o depoimento do então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Jr, que afirmou ter informado “constantemente” a Bolsonaro que não havia indícios de irregularidades no sistema eletrônico de votação.
Baptista Jr revelou, contudo, que o ex-presidente insistiu na tese de fraude, mesmo após a Comissão de Fiscalização do Ministério da Defesa não identificar problemas nas urnas eletrônicas.
Diante disso, a PF afirma que o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica reforça “a ação dolosa do então presidente Jair Bolsonaro, do presidente do PL Valdemar Costa Neto e de Carlos Rocha na disseminação da narrativa de fraude no pleito de 2022, inclusive com o peticionamento da ‘Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária’’, aponta o relatório.
Em outro trecho do relatório divulgado pela PF, aponta que o então comandante do Exército, general Freire Gomes, também confirmou que Bolsonaro tinha ciência de que nenhuma fraude havia sido encontrada nas eleições de 2022.
“O depoente [Freire Gomes] ainda confirmou que o então presidente da República JAIR BOLSONARO tinha ciência de que a Comissão de Fiscalização não identificou nenhuma fraude no pleito de 2022”, aponta o relatório.
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