Análise: Plano golpista circulou no governo Bolsonaro e começou durante as eleições
A analista de política Jussara Soares destaca que o planejamento começou em julho de 2022, durante as eleições, e envolveu três ex-ministros do governo anterior
Durante o CNN Prime Time desta quinta-feira (21), a analista política Jussara Soares revelou detalhes alarmantes sobre um suposto plano golpista que circulou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com Soares, o planejamento teria começado em julho de 2022, ainda durante o período eleitoral, evidenciando a gravidade da situação.
Segundo a análise, três ex-ministros do governo Bolsonaro foram indiciados com esse plano: o ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira Oliveira. Além disso, o general Mário Fernandes, que ocasionalmente atuava como ministro interino da Secretaria Geral da Presidência, também foi mencionado no indiciamento.
Extensão do plano dentro do governo
A analista ressaltou que essas informações indicam uma ampla circulação do plano golpista dentro das estruturas do governo Bolsonaro.
“Tudo isso mostra ali, aponta, de acordo com o indiciamento dos dados que nós temos até agora, que esse plano golpista passou ali dentro e circulou muito dentro do governo Bolsonaro”, afirmou Soares.
O indiciamento total envolve 37 pessoas, mas Jussara Soares enfatizou a necessidade de acesso ao relatório completo para compreender melhor a participação individual de cada envolvido na trama. A analista também destacou a importância de verificar se todos os indiciados serão efetivamente denunciados pelo Ministério Público.
Reações e próximos passos
Alguns parlamentares já se manifestaram sobre os indiciamentos, conforme mencionado por Soares. No entanto, muitas defesas dos indiciados estão evitando comentários até terem acesso total aos autos do processo.
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Especial de Comunicação do governo Lula, também se pronunciou sobre o caso, citando o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.
A situação continua em desenvolvimento, com expectativas de mais revelações à medida que o relatório completo for disponibilizado e analisado.