O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse à CNN que a pasta está alinhada com o Ministério da Fazenda sobre o pacote de corte de gastos que será anunciado nos próximos dias.

“Nós acatamos o que a Fazenda pediu”, resumiu.

Na proposta, a pasta comandada por Fernando Haddad prevê, por exemplo, alterações nos gastos com a aposentadoria dos militares. Ainda está em fase de ajustes a progressão de carreira dos militares, que ocorre em cadeia. Ou seja, a promoção de um militar leva a subida de outro.

Múcio também confirma que está em debate a idade mínima de 55 anos para o militar seguir para a reserva remunerada, com previsão de um período de transição. Atualmente, o militar precisa ter 35 anos de serviço para ir à reserva. A mudança pode aumentar o tempo de serviço em três anos.

Como antecipado pela CNN, o corte prevê o fim do benefício pago a familiares de militares expulsos das Forças Armadas — prática chamada de “morte ficta”, o aumento do desconto para os fundos de saúde para 3,5% para todos e o fim do pagamento de pensão para parentes como pais e irmãos (beneficiários em segunda ordem) depois de já concedido o benefício para cônjuge e filhos (beneficiários em primeira ordem).

O presidente deve discutir nesta quinta-feira (21) um cronograma para o pacote de corte de gastos elaborado pelo Ministério da Fazenda.

A expectativa é de que Lula ainda faça novas reuniões com Fernando Haddad e outros ministros. O presidente também quer apresentar o pacote fechado aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).