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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Fontes: Plano de golpe é a ação mais forte contra Bolsonaro

    Interlocutores da PGR veem denúncia como certa; avaliação, no entanto, é diferente para os casos das joias e das vacinas

    Interlocutores da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmam que, das investigações que tramitam contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), a mais forte é a que apura a tentativa de golpe de Estado.

    A denúncia contra o ex-presidente é considerada certa nos bastidores do Ministério Público – avaliação que não é tão categórica em outros processos, como o da venda de joias sauditas no exterior e o da falsificação do cartão de vacina contra a Covid-19.

    Antes de avaliar se acusa formalmente Bolsonaro ou se serão necessárias ainda mais diligências sobre a trama golpista, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aguarda o relatório conclusivo da Polícia Federal (PF), o que deve ocorrer até o fim do mês.

    Fontes do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a operação da PF contra militares que planejavam assassinar autoridades brasileiras agrava a situação de Bolsonaro, elevando a expectativa de que ele venha a ser denunciado em breve.

    Um dos alvos da operação foi o general da reserva Mario Fernandes – próximo de Bolsonaro, ele foi o “número dois” da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo do ex-presidente e chegou a assumir a pasta interinamente.

    Em outra citação a Bolsonaro, a PF afirma que as articulações para o monitoramento ilegal das autoridades, com o objetivo de eventualmente matá-las, começaram seis dias depois de o ex-presidente “ter analisado e realizado alterações” na chamada “minuta do golpe”.

    Além disso, pesa contra Bolsonaro o fato de o documento com todo o cronograma operacional dos crimes ter sido impresso no Palácio do Planalto e depois levado ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

    Ministros ouvidos reservadamente pela CNN destacam que a relação entre Bolsonaro e os militares presos ficou bastante clara no relatório policial – e que a manifestação da PGR a favor das prisões demonstra que ele está ciente da gravidade desse vínculo.

    Segundo a PF, após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022, a organização queria dar um golpe de Estadoum planejamento que passava pela morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e também de Moraes.

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