Com menção em documento final, taxação de super ricos deve ser mote de Lula para 2025
O entorno do presidente defende uma proposta semelhante também na política doméstica como contrapartida a aumento da isenção de imposto de renda
A menção, ainda que generalista, à taxação dos super ricos no documento final do G20 deve ser um mote do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para 2025.
Apesar da resistência do governo argentino, o documento final manteve quase na íntegra o trecho acordado anteriormente pelos ministros da Economia das potências mundiais.
A proposta global aumentaria a capacidade fiscal dos estados nacionais para financiar uma transição energética e políticas de redução das desigualdades sociais, por exemplo.
No G20, Lula estimou que uma taxação de 2% sobre o patrimônio dos super ricos pode gerar US$ 250 bilhões por ano.
O entorno do presidente, no entanto, defende que o tema também seja explorado na política doméstica, principalmente na negociação com o Congresso Nacional.
A ideia de integrantes do governo brasileiro é de que uma taxação dos milionários, agora na política doméstica, possa compensar promessa de campanha de aumento da faixa de isenção do imposto de renda para até R$ 5 mil.
O valor corresponde a pouco mais de três salários mínimos e é considerada uma medida com potencial de melhorar a avaliação do presidente junto à classe média.