Relatório da Abin aponta que homem agiu sozinho, afirmam integrantes do STF
O diretor da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, conversaram sobre os primeiros passos da apuração, ainda na noite desta quarta-feira (13)
Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apresentado na noite desta quarta-feira (13) a integrantes do Supremo Tribunal Federal e da investigação sobre o homem que morreu em explosão, mostra que ele agiu sozinho.
Com base nas informações colhidas até aqui, não há elementos que demonstrem que Francisco Wanderley Luiz tenha contado com apoio de outras pessoas. As informações são estratégicas, e Abin ainda não se manifestou publicamente.
Mas a investigação ainda irá percorrer outras hipóteses. O diretor da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, conversaram sobre os primeiros passos da apuração, ainda na noite desta quarta-feira (13).
Em poucas horas, a PF foi à casa que estava sendo utilizada pelo homem, em Ceilândia, na periferia da capital federal; e também no trailer que ele usaria.
Moraes é o ministro que conduzirá a investigação diante da associação com os atos golpistas do 8 de janeiro.
O homem com explosivos fez várias postagens em suas redes sobre o 8 de janeiro, com tom de represália pelas condenações das pessoas envolvidas.
O levantamento apresentado à autoridades em Brasília mostra que Wanderley Luiz já esteve 8 vezes na Câmara dos Deputados. E no dia 24 de agosto, pleno fim de semana, entrou legalmente no Supremo Tribunal Federal junto com grupo de visitação pública. Na ocasião, tirou fotos e postou que a raposa teria entrado no galinheiro.
A avaliação entre ministros, ouvidos pela CNN, é de que o homem tinha como objetivo entrar novamente no STF, dessa vez com as bombas. Ele se aproximou de um dos maiores símbolos dos ataques ao Judiciário, a estátua da Justiça, e fez ameaças. Seguranças do STF pediram para que se afastasse, quando ele informou que estava armado com bombas.
O esquema de grades para reforço da segurança do prédio do STF foi retomado após o ataque.