Deputado petista condena postura do partido sobre cortes: “Somos o próprio governo”
Próximo de Lula e Haddad, Emidio de Souza critica adesão do partido a manifesto sobre negociações para ajuste fiscal
O deputado estadual Emidio de Souza, que tem grande proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad (Fazenda), criticou nesta segunda-feira (11) a postura do PT sobre cortes de gastos estudados pelo governo federal. Emidio distribuiu há pouco um artigo no qual condena o fato de o partido ter assinado um manifesto produzido por diversos movimentos sociais.
Embora afirme que o documento expõe a legítima posição de tais movimentos, o deputado emenda: “Do PT, partido do presidente Lula e principal condutor da Frente que também assina a nota, esperava-se outra postura. Nós não estamos no governo, nós somos o próprio governo. Não somos um movimento social, somos o partido político que dirige o país”, escreveu Emidio.
O deputado aponta que o debate partidário a respeito do assunto não deveria ocorrer em “clima de confrontação” e nem deveria ser feito por meio da mídia. O parlamentar também diz não ter tomado conhecimento de que a direção tenha discutido internamente o tema e tirado uma decisão colegiada antes de assinar o texto.
Desde ontem, a assinatura do manifesto pelo PT já vinha provocando forte incômodo na ala do PT mais próxima ao ministro Fernando Haddad. O titular da Fazenda vem há várias semanas conduzindo pessoalmente as negociações dentro do governo, para encontrar um formato para o corte de gastos.
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