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    Fux vai tratar de bets com poderes para avaliar decisão urgente

    Ministro do STF diz que é preciso um “ajuste imediato” e que julgamento sobre validade da lei que regula o setor deve ficar para o primeiro semestre de 2025

    Lucas Mendesda CNN , Brasília

    O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, nesta segunda-feira (11), que vai conversar com os outros Poderes sobre o impacto das chamadas “bets” para avaliar a necessidade de uma decisão liminar (provisória) sobre o tema.  

    Conforme o magistrado, ficou claro que é preciso um “ajuste bastante imediato”. A avaliação sobre alguma decisão urgente, principalmente em relação a gastos de pessoas mais pobres e ao vício em apostas, dependerá desse diálogo com Executivo e Legislativo. 

    Já o julgamento sobre a validade da lei que regulamenta o setor deve ficar para o primeiro semestre de 2025, conforme previsão do ministro. 

    “Isso aí ficou bem claro que precisa de um ajuste bastante imediato. Então eu vou conversar com os Poderes, vou também analisar o conjunto das informações e aí vamos avaliar se antes do julgamento do mérito, que deve ocorrer no primeiro semestre de 2025, se há necessidade da denominada providência de urgência”, afirmou Fux. 

    A fala foi feita em entrevista a jornalistas, ao final da primeira parte de uma audiência pública no STF sobre os impactos das apostas on-line no Brasil. 

    “Os problemas que foram aqui aventados, relativos à comunidade carente, aos problemas mentais e aos outros graves problemas que foram destacados, leva-nos a ideia de que esse julgamento tem que ser urgente”, afirmou Fux. 

    De acordo com o ministro, a chamada análise de mérito do tema, ou seja, a apreciação se a lei é constitucional ou não, será do plenário. Agora, a avaliação que cabe é se “há algum problema que precisa de uma medida urgente”. 

    Bets

    O STF recebe, nesta segunda e terça-feira (11 e 12), uma audiência pública sobre os impactos das apostas on-line no país. A reunião foi convocada por Fux, relator de uma ação em que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) contesta a lei que regulamentou a atividade das bets no Brasil.   

    As bets, formalmente chamadas de “apostas de quota-fixa on-line”, foram legalizadas pelo governo do presidente Michel Temer, em dezembro de 2018. A regulação (ou seja, regras para operação) só veio com a lei aprovada pelo Congresso no governo Lula, em dezembro de 2023.  

     A legislação que regulamenta o mercado das bets no país é fruto de uma mobilização do governo. Ainda em julho do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia editado medida provisória para definir as regras do setor.  

    Cassinos contra bets

    Nesta segunda (11), durante a audiência, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) defendeu a legalização de cassinos no Brasil. Autora de uma das ações que questionam a lei das bets no Supremo, a entidade apresentou dados que mostram que os cassinos físicos poderiam trazer R$ 37,3 bilhões em arrecadação no Brasil e 1 milhão de empregos

    De acordo com o levantamento, as bets não geraram nenhum emprego no Brasil e deixam de arrecadar algo entre R$ 2,1 bilhões e R$ 14,5 bilhões, diferentemente do que afirmou a Associação Nacional de Jogos e Loterias, que disse que as apostas levariam a um aumento da arrecadação.

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