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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    STF minimiza impacto de Trump sobre Justiça brasileira

    Ministros não veem mudança de cenário e rechaçam pressão sobre casos que envolvem Bolsonaro

    Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) minimizam o impacto de um novo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, sobre as decisões da Justiça brasileira.

    Segundo fontes da Corte, o tribunal não se vê sujeito a nenhum tipo de pressão nos casos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado do Trump.

    Nesta quarta-feira (6), antes da sessão plenária, os ministros chegaram a brincar sobre quem seria o primeiro a ter o visto americano suspenso.

    A leitura é de que, com a eleição de Trump, “nada mudou, nem vai mudar”, como disse um interlocutor — especialmente depois da resposta contundente que o STF deu aos atos criminosos do 8 de janeiro de 2023.

    Há uma avaliação de que Trump de fato inflama o ataque às instituições, mas que isso não vai se traduzir em ações concretas no Brasil.

    Fontes do Judiciário atribuem essa percepção à severidade das penas impostas aos envolvidos no 8 de janeiro, o que desanimaria qualquer nova investida contra o STF, independentemente da eleição de Trump.

    Ainda assim, ministros reconhecem que a vitória de um candidato de extrema-direita é preocupante em nível mundial, e que isso exige “vigilância constante” para a proteção das democracias.

    O ex-presidente e ex-decano do STF Celso de Mello avalia que a Corte é “expressão legítima da soberania nacional” e rechaça que a eleição de Trump possa levar o Judiciário brasileiro a rever suas decisões.

    “A Corte Suprema do Brasil não serve a governos, a pessoas ou a grupos ideológicos, nem se curva à onipotência do poder ou aos desejos daqueles que o exercem”, disse.

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