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    Freixo diz que condenação de assassinos de Marielle é “histórica”: “Demorou muito”

    Marielle e Freixo eram amigos; ela foi sua assessora parlamentar enquanto atuava como deputado estadual na Alerj

    Douglas Portoda CNN , São Paulo

    Amigo da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), Marcelo Freixo disse, nesta quinta-feira (31), que as condenações de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelas mortes dela e do motorista Anderson Gomes são “históricas” e que demoraram muito para acontecer.

    Marielle foi sua assessora parlamentar enquanto atuava como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) — atualmente, ele é presidente da Embratur, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. A vereadora e o motorista foram assassinados em março de 2018.

    Essa é uma condenação histórica. Demorou muito. Foram 6 anos de espera e de muita batalha contra a sabotagem para tentar encobrir esse crime brutal. Finalmente a Justiça por Marielle e Anderson começou a ser feita

    Marcelo Freixo

     

    Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão e Queiroz, a 59 anos e 8 meses. Os dois também foram condenados a pagar juntos R$ 706 mil em indenização por dano moral para cada uma das vítimas.

    Para Freixo, “a Justiça deu um passo muito importante hoje”. “A luta agora segue pela condenação dos mandantes e para que essa estrutura criminosa que está dentro das instituições do estado do Rio de Janeiro seja efetivamente enfrentada”.

    Para o presidente da Embratur, “se sucessivos governos do Rio de Janeiro não fossem coniventes com o crime organizado e com os bandidos que matam em nome dos interesses de poderosos, nós teríamos Marielle com a gente”.

    Julgamento

    Na última terça-feira (30), durante o julgamento, Lessa afirmou que recebeu uma oferta para matar Freixo. Perguntado como iniciou a conversa para matar Marielle, o ex-policial respondeu que as tratativas se iniciaram em 2016, que ofertaram para ele “uma coisa para ficar milionário”.

    “O assunto começou no final de 2016, surgiu uma oferta com a seguinte palavra, temos uma coisa para ficarmos milionário, para ficarmos ricos. Em janeiro tive com essa pessoa novamente e ela me trouxe um nome que ri e falei se é essa proposta não tem como”, disse Lessa.

    Segundo o ex-sargento, ele achou a proposta inviável e achou se tratar de uma loucura porque Freixo era político.

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