Equipes de resgate procuram por desaparecidos após enchentes na Espanha
Autoridades emitem novo alerta de tempestade para esta quinta-feira
A Espanha emitiu outro alerta de tempestade nesta quinta-feira (31) para parte da região de Valência, devastada pelas enchentes que mataram pelo menos 95 pessoas, enquanto as equipes de resgate vasculhavam campos inundados e carros parados em busca dos desaparecidos.
As autoridades locais não divulgaram quantas pessoas ainda não foram encontradas após as enchentes mais mortais da Europa em anos, mas a ministra da Defesa, Margarita Robles, disse na noite de quarta-feira que o número de mortos provavelmente aumentará.
As equipes de resgate vasculharam os destroços de veículos que estavam cobertos de lama ao lado de estradas ou em campos inundados, e algumas usaram maquinário pesado para retirar os detritos das ruas, conforme mostraram as imagens de televisão.
O tempo calmo voltou na quinta-feira para as áreas mais atingidas ao redor da cidade de Valência, a terceira maior da Espanha, mas a agência meteorológica estadual AEMET emitiu seu nível mais alto de alerta para a província de Castellón. Mais ao norte, na região da Catalunha, um alerta também foi emitido para a cidade de Tarragona.
Os meteorologistas disseram que a chuva esperada para um ano caiu em oito horas em algumas partes de Valência na terça-feira, causando acúmulo de lixo nas rodovias e submergindo terras agrícolas em uma região que produz cerca de dois terços das frutas cítricas cultivadas na Espanha, um dos principais exportadores mundiais de laranjas.
Desde então, a tempestade que causou as chuvas torrenciais se deslocou na direção nordeste.
“Já há tempestades muito fortes na área, especialmente no norte de Castellón”, publicou a AEMET em sua conta no X. “O clima adverso continua! Cuidado!”, acrescentou, dizendo que as pessoas não devem viajar para a área.
As enchentes em Valência atingiram a infraestrutura da região, varrendo pontes, estradas, trilhos de trem e edifícios quando os rios transbordaram.
Moradores descreveram ter visto pessoas subindo nos tetos de seus carros enquanto uma maré agitada de água marrom corria pelas ruas, arrancando árvores e arrastando pedaços de alvenaria dos edifícios.