Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Brasil abre 247 mil vagas de emprego em setembro, alta de 21% em um ano, diz Caged

    Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expectativa é terminar ano com saldo positivo de 2 milhões.

    Gabriel Garciada CNN , Brasília

    O Brasil abriu 247 mil vagas formais de trabalho em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em agosto, o saldo positivo havia sido de 232 mil postos formais criados.

    O resultado do mês é fruto de 2,16 milhões de contratações e 1,91 milhão de demissões.

    O resultado representa um crescimento de 21% em relação a setembro do ano passado, quando foram criados cerca de 204 mil empregos com carteira assinada.

    No acumulado do ano, foram criados 1,98 milhão de empregos formais, enquanto nos últimos 12 meses (outubro de 2023 a setembro de 2024) o valor soma 1,83 milhão.

    Quatro dos cinco principais grupos de trabalho registraram saldo positivo em agosto.

    A fila foi puxada com folga pelo setor de serviços, com 128 mil postos, seguido por indústria (59,8 mil), comércio (44,6 mil) e construção (17 mil). O setor agropecuário foi o único que registrou saldo negativo, com duas mil demissões.

    Todas as 27 unidades da federação registraram um saldo positivo em setembro, com destaque para São Paulo (57 mil), Rio de Janeiro (19 mil) e Pernambuco (17 mil).

    Segundo o ministro do trabalho, Luiz Marinho, a expectativa é de terminar o ano com um saldo positivo de 2 milhões.

    Revisão de gastos

    Questionado sobre se há necessidade de o governo cortar gastos, como planejado pelo governo federal, Marinho afirmou que é preciso reduzir a taxa básica de juros, hoje em 10,75% ao ano.

    “Precisa cortar juros para o país crescer mais. Se tiver gasto, coisa desnecessária, tem que cortar. Isso é obrigação de toda gestão eficiente. Seguro desemprego não é gasto, não tem esse debate”, afirmou o ministro em coletiva.

    Como noticiado pela CNN, o governo planeja uma agenda de revisão de gastos, focando, principalmente, em políticas públicas ineficientes. Medidas como o redesenho do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) são avaliadas.

    A ideia é estabelecer um escalonamento na multa referente a demissões sem justa causa. Ou seja, se a multa paga pelo empregador for muito alta, os valores a serem resgatados do Fundo diminuem.

    Segundo o ministro, esse debate não existe no governo federal.

    “Esse debate não existe no governo. Nunca fui procurado pelo presidente Lula e nem pelo ministro Haddad para discutir corte de benefícios aos trabalhadores”, disse o ministro.

    O ministro ainda foi questionado se pediria exoneração de seu cargo, caso alguma dessas medidas fossem adiante sem seu aval. Marinho afirmou que, caso fosse “agredido”, pediria demissão.

    “Se eu for agredido é possível. Uma decisão sem participação em um tema meu, é uma agressão. Nenhum ministro me procurou sobre isso”, concluiu.

    Siga o CNN Money

    O CNN Brasil Money já está nas redes sociais. Siga agora o @cnnbrmoney no Instagram e no Youtube.

    Dedicado ao mercado financeiro e aos impactos que os setores da economia geram na movimentação do país e do mundo, o CNN Money terá canal para TV e streaming, além de estar presente no ambiente digital.

    O lançamento será no dia 4 de novembro de 2024. Não perca!

    Tópicos