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    Bolsonaro: anistia a presos do 8 de janeiro não é condição para apoio na sucessão no Congresso

    Ex-presidente visitou a bancada do PL no Senado nesta terça-feira (29); Bolsonaro discute apoio à sucessão das presidências da Câmara e do Senado

    Rebeca Borgesda CNN , em Brasília

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (29), que a votação do projeto de lei que anistia os presos pelos ataques de 8 de janeiro não é uma “condicionante” para apoiar candidaturas para as presidências da Câmara e do Senado.

    Não tem condicionante nenhuma. O que a gente quer é solução. Não queremos poder, queremos solução

    Jair Bolsonaro

    “O mais importante para mim, e para o [Rogério] Marinho [líder do PL no Senado], tenho certeza também, é botar em liberdade essas pessoas que estão presas”, completou.

    A declaração foi feita após uma visita de Bolsonaro ao gabinete do Bloco Vanguarda do Senado, formado pelo PL e pelo Novo. O ex-presidente afirmou que, na quarta-feira (30), as bancadas do PL na Câmara e no Senado devem se reunir para discutir o apoio às candidaturas para a presidência das duas Casas.

     

    Comissão sobre Anistia

    Nesta terça, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), oficializou o apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como seu sucessor.

    Lira também anunciou que o PL da Anistia, que havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e aguardava despacho para o plenário, será avaliado por uma comissão especial. A inclusão do texto na pauta do próximo presidente da Câmara é considerada uma “moeda de troca” para o apoio de alguns partidos aos candidatos.

    Bolsonaro disse que conversou com Lira sobre a comissão especial. O ex-presidente acredita que a comissão não vai travar a tramitação do PL da Anistia. Além disso, comentou que Arthur Lira “não está impondo nada” a ele.

    “O que o pessoal pretende ao criar a comissão? Trazer para cá os órfãos e pais vivos. Vocês vão ficar chocados”, disse o ex-presidente.

    Bolsonaro também falou que, caso a comissão siga os prazos de tramitação, o projeto pode ser votado ainda neste ano.

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