Reverenciado como “líder maior” pelo prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), após a vitória no domingo (27), o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), faz planos de submergir após a exposição extrema durante a campanha eleitoral.

Nos próximos dias, segundo aliados, o governador quer focar na gestão e deixar de lado as discussões político-eleitorais.

Ao longo dessa semana, o chefe do executivo estadual participou de três leilões:

• a parceria Parceria Público-Privada (PPP) de escolas,
• dos serviços lotéricos,
• e da concessão da Rota Sorocabana, um conjunto de 460 quilômetros de rodovias no estado de São Paulo.

O recolhimento do debate político coincide também com a repercussão negativa da declaração de Tarcísio, que questionado pela imprensa, confirmou que há informações de inteligência que apontam que uma facção criminosa na capital paulista orientou pelo voto em Guilherme Boulos (PSOL), derrotado por Nunes no domingo (27).

Boulos negou a acusação e apresentou uma notícia-crime ao Tribunal Superior Eleitoral. O relator será o ministro Nunes Marques, que também é membro do Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe à presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, decidir se abre ou não uma investigação sobre o caso.

A aliados, Tarcísio admite ter cometido um “erro” ao responder o questionamento de jornalistas sobre a suposta existência do “salve” do PCC para votar no candidato do PCC. Por outro lado, a justificativa é que o “deslize” não foi intencional e não tem repercussão no resultado das urnas.

Tarcísio, principal fiador político da reeleição de Nunes, viu seu capital político valorizar ao se manter ao lado prefeito quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao longo do primeiro turno evitou se empenhar na candidatura de Nunes enquanto parte de seus eleitores apoiavam o influenciador Pablo Marçal (PRTB).

Na comemoração da vitória, o prefeito Ricardo Nunes atribuiu o êxito ao governador e mencionou apenas uma vez o ex-presidente Bolsonaro.

“Agradeço ao líder maior, sem o qual esta vitória não seria possível. O meu amigo, que me deu a mão na hora mais difícil”, afirmou Nunes sobre Tarcísio. “Tarcísio seu nome é presente, mas o seu sobrenome é futuro. Conte comigo, meu irmão. Com meu coração, como seu pilar, para as todas as construções do seu destino”, completou.

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