Negociações sobre acordo de reféns e cessar-fogo em Gaza começam em Doha, diz fonte
O Egito propôs mais cedo uma pausa nos combates de dois dias no enclave
As negociações sobre reféns em Gaza e por um cessar-fogo “começaram” em Doha, segundo informações fornecidas à CNN por um diplomata familiarizado com o assunto neste domingo (27).
Os principais negociadores dos Estados Unidos, Israel e Catar estavam previstos para se reunir em Doha neste domingo para discutir os esforços para conseguir um acordo, segundo a CNN na quinta-feira (24).
Esta é a primeira rodada de negociações em mais de dois meses. Autoridades dos EUA defenderam uma desescalada do conflito após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar, por Israel.
Mais cedo neste domingo, o Egito propôs publicamente um acordo de cessar-fogo de dois dias, negociando a troca de quatro reféns israelenses em Gaza por prisioneiros palestinos detidos em Israel. Cairo tem desempenhado um papel fundamental na mediação das negociações, junto com o Catar e os EUA.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.