Presidente do TRE-SP diz que não há prazo para julgamento de ação de Boulos contra Tarcísio
Candidato do PSOL entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral após governador citar relatório sobre mensagens de facção orientando voto em Boulos
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, desembargador Silmar Fernandes, disse neste domingo (27) que não há prazo para o julgamento e decisão sobre ação do candidato Guilherme Boulos (PSOL) contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB), rival do psolista na disputa pela prefeitura da capital.
Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por abuso de poder político e abuso no uso dos meios de comunicação. No caso, o processo possui uma tramitação mais demorada e não é analisado em regime de urgência, como ocorre em denúncias sobre propaganda eleitoral, que possuem prazos de até 48 horas para serem apreciadas.
Em coletiva para a imprensa, Fernandes explicou que a Aije será julgada apenas após a chamada fase de instrução, em que são coletadas provas e ouvidas testemunhas.
O presidente do TRE-SP reforçou que o Tribunal soube através da imprensa sobre relatórios de inteligência com uma suposta interceptação de mensagens de facções criminosas contendo orientações para voto no candidato à prefeitura da capital Guilherme Boulos (PSOL).
Questionado sobre as consequências, em caso de precedência da ação, Fernandes disse que “como qualquer pessoa, seja o governador, até o candidato a vereador da cidade mais longeva”, o processo pode levar à ilegibilidade.
Em nota a CNN, a Secretaria de Segurança Pública informou que o “Sistema de Inteligência da Polícia Militar interceptou a circulação de mensagens atribuídas a uma facção criminosa determinando a escolha de candidatos à prefeitura nos municípios de Sumaré, Santos e Capital. A Polícia Civil investiga a origem das mensagens”.
A campanha de Nunes disse que não irá se manifestar sobre o pedido de Boulos de abuso de poder político.
Nas redes sociais, Boulos criticou as declarações. “Imaginei que ao menos hoje fosse ser um dia mais tranquilo em relação às mentiras que os nossos adversários fizeram durante toda campanha”, disse o candidato.
